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12 Bars

12/09/2017 — O inglês Eric Clapton é considerado um dos melhores guitarristas da história do rock. Além de acompanhar grandes nomes da música mundial, gravou mais de 60 discos-solo. Agora, foi lançado o documentário “Eric Clapton — Vida Em 12 Bares”, da cineasta Lili Fini Zanuck. O músico participou da apresentação do filme, dizendo, no final, que não foi fácil assistir uma passagem a limpo da própria vida. O documentário acompanha a vida do artista da infância ao estrelato internacional, passa pela luta contra as drogas e o álcool e a morte do filho de 4 anos, ocorrida em 1991. Numa autobiografia, lançada em 2007, ele descreveu um vício de 20 anos em drogas e álcool, com o qual disse ter gastado cerca de US$ 16 mil por semana em heroína na década de 1970. A morte do filho, numa queda dum arranha-céu em Nova York, foi o gatilho para procurar a sobriedade.

eric clapton in1Clapton
ERIC PATRICK CLAPTON nasceu no dia 30 de março de 1945, na localidade de Ripley, município de Surrey, Inglaterra. É considerado um dos melhores guitarristas do mundo em todos os tempos. Nos anos de 1960, chegou a abandonar a sua banda de rock — os Yardbirds —, pois não queria ser visto como um artista comercial. Em sua autobiografia, confessou que tomou tantas drogas nos anos de 1970 que mal se lembra da maioria dos trabalhos que lançou naquele período e que tinha vergonha daqueles que conseguia recordar.

Seus fãs chegaram a chamá-lo de “deus” por vários anos, até que a heroína o tirou de cena. Retornou em 1974 e desde então passou a gravar discos irregulares. Em August, de 1986, com produção de Phil Collins, parece ter voltado aos bons tempos. Os destaques deste álbum foram para a canção Miss You e para o encontro com Tina Turner em Tearing Us Apart. Em 1992, a boa fase se confirmou com Unplugged, com o qual ganhou o prêmio Grammy. Em 1999, lançou o disco Blues, que reúne 24 de suas melhores gravações do gênero, entre músicas próprias e de compositores lendários como Elmore James e Robert Johnson. Destaque para as canções Have You Ever Loved a Woman e Further On Up the Road.

eric-clapton in2Em 2000, veio Riding With the King, gravado em parceria com B. B. King. A dupla arrasa com um repertório que inclui clássicos do blues e da soul music. Em Reptile, de 2001, ele faz uma homenagem ao samba. Ele homenageia ainda Ray Charles, Stevie Wonder e James Taylor, entre outros. Faz a guitarra falar alto em faixas como a instrumental Som & Sylvia e no blues Superman Inside. Em 2002, lançou seu primeiro disco ao vivo em dez anos: One More Car — One More Rider. Gravado durante shows realizados em Tóquio e Los Angeles em 2001, o disco duplo passa a limpo os seus melhores momentos e corrige falhas de sua carreira.

Por exemplo, as canções Change the World e My Father´s Eyes, de acordo com a crítica, soam melhores do que em suas versões originais. Revisita também o blues — sua principal influência — nas faixas Hoochie Coochie Man e Have You Ever Loved a Woman. Em 2004, ele fez uma homenagem ao lendário guitarrista Robert Johnson em Me and Mr. Johnson. Morto com apenas 27 anos, Johnson ajudou a criar a mística do blues man. Sua destreza na guitarra acústica teria sido adquirida num pacto com o diabo, mito que ele gostava de propalar em canções como Me and the Devil Blues e Hellhound on My Trail. Essas músicas ressurgem nesse disco.

eric-clapton old1Ainda neste ano, pelos serviços prestados ao Reino Unido, foi agraciado com a Ordem de Comandante do Império Britânico. Em 2005, lançou o disco Back Home. Um disco leve que agradou tanto os fãs quanto a crítica. Em 2006, revelou que sofria de um grave problema auditivo, mal atribuído à exposição excessiva ao som alto. Em 2007, lançou o livro Eric Clapton: A Autobiografia, em que discorre pouco sobre música. Prefere falar de suas relações com as drogas, mulheres e da morte do filho. Em 2010, lançou o álbum Eric Clapton, já um pouco desgastado até pela idade: 65 anos de idade. Em 2011 e 2013 vieram, respectivamente, os álbuns Marsalis & Clapton play the Blues e Old Sock.


 

 

 



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