Procópio

JOÃO ÁLVARO DE JESUS QUENTAL FERREIRA nasceu no dia oito de julho de 1898 e morreu no dia 18 de junho de 1979 na cidade do Rio de Janeiro. Filho de imigrantes portugueses da Ilha da Madeira, depois de terminar o colégio, ingressou na Escola de Arte Dramática da capital carioca. Por isso, acabou sendo expulso de casa pelo pai, que queria para ele a carreira de advogado. Ainda durante o curso de ator, estreou no teatro com a peça “Amigo, Mulher e Marido”. Mas o sucesso de crítica e de público só chegou nos anos de 1920, com o espetáculo “A Juriti”, peça escrita pelo Viriato Correia em parceria com a Chiquinha Gonzaga. Adotou o nome artístico de “Procópio Ferreira” em homenagem ao dia do nascimento, considerado o Dia do São Procópio.

Em 1924, fundou uma companhia teatral, na qual trabalhou até o início dos anos de 1950 como produtor, diretor e ator principal. Famoso pela interpretação de peças do autor francês Molière, foi convidado em 1945 para se exibir na cidade de Paris. Gostava de encenar autores consagrados como o França Júnior, o Martins Pena e o José de Alencar. Mas também privilegiava jovens autores, que escreviam peças especialmente para a Companhia Teatral Procópio Ferreira. Esteve ativo por 62 anos, período em que interpretou mais de 500 personagens em 427 peças. No cinema foram 14 filmes. Na televisão esteve em 13 produções, com destaque para a novela “As Minas de Prata” de 1966. Como escritor, deixou para a posteridade quatro romances. Pelos serviços prestados à arte brasileira, recebeu do Governo Federal a medalha da Ordem do Rio Branco no grau de oficial.

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