Aguaí
Designação comum dada a várias espécies do gênero Chrysophylium, da família das sapotáceas. A madeira é compacta, mas racha com facilidade. Essa madeira é empregada na confecção de cabos de ferramentas. Também chamada de aranhão. Ocorre principalmente na Mata Atlântica, estendendo-se do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul. É uma espécie nativa do Brasil. Também está em Minas Gerais e em solos úmidos da bacia do Rio Paraná. A espécie também é conhecida pela capacidade de se adaptar a locais contaminados por hidrocarbonetos, o que a torna uma planta potencial para a fitorremediação do solo.
Dicionário
das Árvores
AAL — Árvore terebinácia de procedência indiana, cuja casca é muito usada para dar aroma a bebidas alcoólicas e a certos alimentos. É também
ACARAÚ-AÇU — Árvore da família das poligonáceas, cujo nome científico é Symmeria paniculata. Muito ocorrente na Amazônia, mede até dez metros de altura. O fruto é suberoso e carnudo. As flores são sésseis e brancas. A madeira de tom escuro é utilizada sobretudo em obras internas. A cusada em tinturaria.
AAVORA — Tipo de palmeira muito comum da América e na África.
ABABONE — Tipo de ameixeira coberta de espinhos, da família das Olacáceas, muito comum nas antilhas.
ABACÁ — Espécie de bananeira ou palmeira das Filipinas, cuja fibra é conhecida também por cânhamo-de-mancha e muito usada na indústria têxtil. Também conhecida por avacá, bandala, bóforo, cofo, plátano da Índia.
ABACATEIRO — Árvore da família das Lauráceas (Clique AQUI).
ABACATERANA — Árvore da família das Lauráceas. Tem folhas grandes, vilosas na página inferior, flores amareladas em fascículos e pequenas bagas pretas e globosas. A madeira é pardacenta, compacta, mas putrescível à ação dos agentes meteorológicos. É empregada especialmente em decoração de interiores. Ocorre em toda a América do Sul, especialmente na Amazônia e nas Guianas.
ABATI-TIMBAÍ — Árvore da América Tropical da família das leguminosas cesalpinoídeas. Tem folhas alternas, bifolioladas, folíolos desiguais. As flores se apresentam em partículas curtas, corimbiformes.
ABETO — Designação comum dada às espécies dos gêneros Abie e Piceas. São árvores ornamentais originárias da América do Norte e da Europa. Algumas são cultivadas no Brasil nas regiões mais temperadas. A madeira é importante na fabricação do papel. Assemelha-se ao pinheiro. Das folhas extraem-se óleos essenciais para aromaterapia e farmacologia. São igualmente bastante apreciadas pelo efeito decorativo e uso como protetivo contra o vento. Todos os anos, milhões de abetos são vendidos como árvores de Natal.
ABETO-BRANCO — Árvore da família das abietáceas. É originária da América do Norte, bastante cultivada no Brasil. O córtex produz tanino, substância muito usada como antídoto em intoxicações por metais pesados e alcaloides.
AÇACU — Árvore de grande porte da família das euforbiáceas (Hura crepitans). Produz látex venenosíssimo, produto geralmente empregado no envenenamento das águas dos rios para a captura de peixes. A madeira é leve, resistente à umidade, de cerne esbranquiçado e superfície opaca. É geralmente usada em obras internas e caixotaria. É também conhecida por açacuzeiro. Disse o autor paraense Raimundo Morais na obra “País das Pedras Verdes”: “O açacu, enorme, pavoroso, que envenena as águas que lhe banham as raízes, derramava na localidade o seu tóxico, tornando as redondezas doentias”.
AÇACURANA — Árvore da família da leguminosas (Erythrina glauca). Originalmente, habitava somente as matas. Mas com o tempo passou a ser também cultivada nos centros urbanos como planta ornamental de sombra. Ocorre em toda a América Tropical. Geralmente em setembro se cobre toda de grandes flores mais ou menos amarelas. Os índios amazônicos ainda a chamam de bucaré, sananduva e suinã. Como muitas outras espécies do gênero, contém alcaloides tóxicos de grande valor medicinal. O alcaloide mais comum é a eritrina. Os novos brotos e as folhas são consumidos como verdura. A Açacurana é a flor oficial do Estado de Trujillo na Venezuela.
AÇAIZEIRO — Palmeira, cujo nome científico é euterpe oleracea. Embora seja cultivado em todo o país, a maior parte (87,5%) está na Região Norte, especialmente no Estado do Pará. Do fruto (açaí) se faz uma espécie de refresco muito apreciado, inclusive no exterior. De acordo com os números oficiais, em 2023 foram exportadas setenta e nove toneladas do produto, o que rendeu US$ 314,7 milhões para a balança comercial. O principal mercado consumidor do açaí são os Estados Unidos. A árvore é tratada com reverência na Amazônia. Como escreveu o autor paraense Raimundo Morais na obra “País das Pedras Verdes”: “A palmeira por excelência em toda a esplanada equatorial é o açaizeiro, que se distingue por três espécies”.
AÇAIRANA — Palmeira do gênero geonoma camana. É bastante parecida com o açaizeiro. Os amazonenses a chamam de “falso-açaí”. Possui tronco curto. A folha tem de cinquenta a oitenta e cinco centímetros de comprimento. A inflorescência é ramificada. As flores são densamente posicionadas na cova, um milímetro distante. Além do Brasil, é encontrada na Colômbia, no Equador e no Peru.
ACAPÚ — Árvore da família das leguminosas (Vouacapoa americana). É comum na Amazônia e nas Guianas. Atinge vinte ou mais metros de altura. As flores são amarelo-douradas, dispostas em inflorescências terminais e eretas. A casca é acinzentada, com depressões ao longo do comprimento. Fornece madeira de ilimitada duração, cuja utilização se dá na fabricação de tacos e móveis finos. Embora de grande valor comercial, o Brasil proibiu o corte dessa árvore, pois ela está no rol das espécies ameaçadas de extinção. Essa proibição se deu com a edição da Portaria 433/2014 do Ministério do Meio-Ambiente.
ACAPURANA — Árvore da família das leguminosas, cujo nome científico é “campsiandra laurifolia”. Têm flores róseas, grande frutos e madeira durável. Essa madeira é própria para construção, marcenaria, etc. Os frutos e a casca são largamente usados na Amazônia como curativos para feridas de pele.
ACAPURANA-DA-TERRA FIRME — Árvore da família das leguminosas, cujo nome científico é “batesia floribunda”. Têm flores pequenas. Os frutos são legumes medíocres. A madeira pode ser facilmente trabalhada em marcenaria.asca tem propriedades medicinais.
ACAUÁ — Na botânica é uma árvore da família das rubiáceas, cujo nome científico é Ferdinandusa paraensis. As flores são coloridas e os frutos são cápsulas médias. A madeira é largamente utilizada em marcenaria, embora a espécie não seja abundante. Como o próprio nome científico sugere, ela ocorre na Amazônia, especialmente no Estado do Pará.
ACARIQUARA — Na botânica é a designação comum a duas árvores da família das olacáceas, cujo nome científico é “minquartia guianensis” e “minquartia punctata”. Elas têm madeira incorrutível, que pode ser utilizada em esteios, dormentes e obras exteriores. Ocorrem na Amazônia, principalmente nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Roraima. A altura varia de dez a quinze metros, com diâmetro de 40 a 120 centímetros. Os frutos são drupas ovaladas com apenas uma semente. Florescem principalmente durante os meses de junho e julho. Os frutos amadurecem entre julho e agosto.
AÇOITA-CAVALO — Designação comum dada às árvores do gênero Luhea, da família das tiliáceas. Pode atingir até trinta metros e cem centímetros de diâmetro. É uma árvore caducifólia. Por isso, perde as folhas na época do inverno. É indicada para arborização urbana e reflorestamentos, pois cresce rápido e se adapta a terrenos secos e pobres. Ocorre em todo o Brasil. A madeira é um tanto dura, facilmente putrescível. Usa-se ela em construções internas, móveis, marcenaria, etc. A casca e as folhas são usadas na medicina popular para tratar reumatismo, disenteria, bronquite, gastrite, má circulação do sangue, entre outros. As flores são usadas pelas abelhas para a produção de um mel medicinal com propriedades expectorantes.
ACÔNITO — Planta da família das ranunculáceas, cujo nome científico e Aconitum napellus. É comum em pastos montanhosos e lugares úmidos. Pode atingir até um metro e meio de altura, tem folhas verde-escuras, palmeadas e recortadas, flores azuis, raramente brancas, e raiz fusiforme. Costuma-se cultivá-la também em jardins, como planta ornamental. Tóxica ao estremo, é largamente utilizada como medicamento na medicina. Introduzida na terapia, era utilizado como sedativo, diurético e analgésico. Contém um alcaloide (aconitina) cristalino, incolor e venenoso. A manipulação deste deve ser muito cuidadosa, pois em contato com a pele pode ser fatal.
AGONIADA — Árvore silvestre, leitosa, da família das apocináceas, cujo nome científico é Himatanthus lancifolia. Tem flores alvas e grandes. Medicinal, é muito apreciada como panaceia. Também conhecida pelos nomes de arapuê, quina-branca, tapuoca, etc. Dela se extrai a agoniadina, um alcaloide. De acordo com a literatura médica, esse alcaloide é geralmente usado no alívio de cólicas menstruais e na regulação do ciclo menstrual. Também funciona como calmante e antiespasmódico. Como há contraindicações, não é recomendável o uso sem antes consultar o médico.