JACQUES NECKER nasceu no dia 30 de setembro de 1732 na cidade de Genebra, capital da Suíça. Morreu no dia nove de abril de 1804 na cidade de Coppet. Mudou-se em 1747 para a cidade de Paris na França, onde começou a trabalhar como bancário. Graças a especulações vantajosas, tornou-se dezoito anos depois num banqueiro de sucesso. Com a ajuda da esposa — a escritora Suzanne Curchod — obteve rapidamente importantes posições, em especial após publicar obras sobre política financeira.
Com a fama, conseguiu a nomeação em 1776 para o cargo de diretor geral do Tesouro Real. No ano seguinte, ascendeu ao cargo de diretor-geral do Ministério das Finanças. Hábil financista, buscou amenizar a profunda crise financeira que minou o reinado do Luís 16, o que lhe trouxe grande prestígio popular. Mas irritou a nobreza — os mais ricos —, em especial após publicar um balanço das finanças do estado, no qual patenteava a amplitude das somas distribuídas aos cortesãos. Assim, perdeu o apoio do rei, o que levou à demissão dele em 1781. Teve, mesmo, de sair da cidade de Paris.
A seguir, a crise financeira, agravada por uma crise de autoridade, levou a França à falência e à convocação dos estados gerais em agosto de 1788. Nomeado ministro das finanças, procurou conjurar o desastre tomando medidas que aumentaram ainda mais o prestígio dele junto às massas populares. No entanto, viu-se logo ultrapassado pelos acontecimentos. Enquanto propunha medidas de caráter financeiro, os estados gerais debatiam reformas que atingiam as bases do regime. Novamente acusado pela corte de instigação da revolta, foi novamente demitido, o que ocasionou uma grande crise na bolsa de valores e tumultos populares. Sem forças para influir nos acontecimentos, retirou-se novamente de Paris. Mudou-se para a cidade de Coppert na Suíça em companhia da única filha, a escritora Madame de Stael.