GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL nasceu no dia 27 de agosto de 1770, na cidade de Stuttgart, Estado de Baden-Wüttenberg, Alemanha. Morreu no dia 14 de novembro de 1831, na cidade de Berlim. Era filho de um alto funcionário do governo da cidade natal. Depois de terminar o ginásio, entrou, com dezoito, anos num seminário protestante. Saindo do seminário em 1793 com o diploma do magistério, passou a dar aulas nas cidades de Berna e Frankfurt. Durante sete anos dedicou-se ao estudo das obras de diversos filósofos, meditando, também, sobre o cristianismo.
Essa preocupação religiosa o levou a escrever em 1795 o livro “Vida de Jesus”, no qual refuta o cristianismo quando este se alia ao despotismo. A essa altura, já versado no helenismo e no latinismo, passou a acumular saber enciclopédico, estudando matemática e ciências naturais. Interessado também nas questões políticas, começou a escrever sobre o assunto. Mais tarde, ao se tornar professor na Universidade de Iena, reescreveu o ensaio intitulado “A Constituição Alemã”, editado postumamente. Mais à frente, publicou diversas obras filosóficas, baseando-se, sobretudo, em escritos de outros filósofos. Conquistou o próprio caminho em 1812 com as primeiras partes da obra “A Ciência da Lógica”. Em 1817, publicou a “Enciclopédia das Ciências Filosóficas”.
Na obra, em 447 curtos parágrafos, abarca o essencial do seu sistema: lógica, filosofia da natureza e filosofia do espírito. Nesse tempo, passou a ser reconhecido como o mais importante filósofo alemão. Isso o levou à Universidade de Berlim, onde lecionou até a morte. Consagrado e respeitado, prosseguiu na construção do seu sistema monumental. Aprofundou a filosofia do espírito ao publicar em 1820 a “Filosofia do Direito” e, em 1827, uma segunda edição retocada da “Enciclopédia”. Como resultado do curso que ministrou em Berlim, diversas obras póstumas foram mais tarde editadas: “Filosofia da História”, “Filosofia da Religião”, “Provas da Existência de Deus” e “História da Filosofia”. Desde o início da sua produção filosófica, o Hegel teve a ambição de unir intimamente o saber enciclopédico ao sistema, de forma que toda realidade pudesse se posta “no” e “através” do sistema.