BÓRIS FEODOROVITCH GODUNOV nasceu em dia e mês incertos do ano de 1551 e morreu no dia 23 de abril de 1605, na cidade de Moscou, Rússia. Descendente da nobresa tártara (nome dado pelos russos aos turcos-mongóis da Ásia Central), prestou serviços ao Ivã — O Terrível. Este czar casou o filho e herdeiro Feodor com a sua irmã. Sob o reinado do fraco e doente Feodor, entre 1584 e 1598, exerceu a regência e se empenhou em enfraquecer a aristocracia, assegurando, para tanto, o apoio da Igreja Ortodoxa. Acredita-se, mesmo, que, em 1591, tenha mandado matar o irmão e legítimo herdeiro do trono, chamado Dimitri Ivanovtch.
Com a morte do Feodor I em 1598, sem herdeiros, foi eleito czar (imprador) pela Assembleia Nacional. Soberano progressista, fundou escolas que contaram com professores franceses e alemães. Na área rural, fixou os camponeses na terra. Na Política Externa, enfrentou a Suécia, a Turquia e a Polônia. Estes países pretendiam se aproveitar do enfraquecimento do estado russo para conquistar territórios. No fim do reinado, uma grande escassez de alimentos tomou conta da Rússia. Em 1604, um falso Dimitri, reclamando o trono, invadiu o país. Bóris morreu no ano seguinte, deixando o governo para o filho, denominado Feodor II. A criança foi assassinada três meses depois pelos adeptos do usurpador, que se tornou, então, czar. Sua vida foi retratada de várias maneiras: no cinema, na tevê e até numa ópera.