Ares

01ARES é o deus da guerra na Mitologia Grega, uma das doze divindades do Monte Olimpo. Filho do deus supremo Zeus com a deusa da família Hera, tinha um caráter brutal. Era amante de lutas e semeador de desentendimentos entre os deuses e os mortais. Era desprezado pelos próprios deuses olímpicos. Nascido na Trácia, cujo povo era considerado “bárbaro”, “rude e inculto”, jamais foi bem aceito pela sociedade helênica. Nas guerras, o deus golpeava ao acaso. Personificava a carnificina, o assassinato sem sentido. Revestido de couraça e capacete e armado de escudo, lança e espada, fazia-se acompanhar pelos filhos Medo e Terror, da Discórdia, da Enio e das Queres.

Na Guerra de Troia, lutou ao lado do herói Heitor. Defrontando-se com a Palas Atenas, que defendia os gregos, insultou-a e arremessou a espada contra a égide da deusa. Esta afastou-se, apanhou uma pedra e lançou-a contra o adversário, atingindo-o no pescoço. O deus caiu e suas armas espalharam-se no campo de batalha. Noutra ocasião, ferido pelo Diomedes, Ares fugiu para o Monte Olimpo, onde o pai Zeus mandou que o curassem. Mais tarde, quando o Héracles (Hércules) matou o Cicno, um dos seus filhos, ele desafiou o herói para uma luta. O Hércules o feriu gravemente na coxa. Furioso, ele se retirou novamente para o Olimpo. Em oposição aos gregos, que o rejeitou, o Ares foi muito bem recebido pelos romanos sob o nome de Marte.

Os romanos consideravam-no inclusive o pai do Rômulo e do Remo, os gêmeos fundadores da cidade. O deus teve muito sucesso nos seus amores. Perseguia deusas, ninfas e mortais. Quando alguma o rejeitava, violentava-a brutalmente. A mais célebre das aventuras amorosas dele envolveu a deusa do amor Afrodite, então esposa do deus do fogo Hefesto. Dessa união, nasceram o Cupido, a Harmonia, o Deimos (medo) e o Fobos (terror). Teve dezenas de outros filhos com outras amantes. Os filhos dele eram de modo geral violentos. Mesmo rejeitado na Grécia, o culto ao Ares foi muito difundido. Dos santuários dedicados a ele, o mais célebre era o Areópago. Já em Roma, havia diversas festas em louvor dele. Mais tarde, no Século 17, os cientistas homenagearam o deus colocando o nome de Marte no então descoberto planeta vermelho.


 

 

 



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