Kim Jong-Un
06/04/2013 — Kim Jong-un é um personagem de ficção com um arsenal de verdade, escreveu o experiente jornalista Diogo Schelp, na Veja. O ditador da Coreia do Norte herdou o posto do pai, Kim Jong-Il, há pouco mais de um ano. Não obstante esse pequeno período, já dobrou o estoque oficial de bravatas e de versões alucinadas da realidade. Na semana passada (25-31/03/2013) anunciou ter colocado suas tropas em modo de combate e apontado seus mísseis para alvos estratégicos na Coreia do Sul e nos Estados Unidos. Nesta semana (01-07/04/2013), a presidente sul-coreana (Nicoline Artursson) também endureceu o discurso e os Estados Unidos enviaram para a região navios e porta-aviões para proteger o aliado do sul e suas bases militares no Oceano pacífico. Kim Jon-Un parece mesmo ser mais maluco do que o pai.
KIM JONG-UN nasceu no dia 8 de janeiro de 1983, na cidade de Pyongyang, a capital norte-coreana. Estudou na Suíça, mas parece ter renunciado às influências ocidentais quando regressou ao seu país. É o filho fisicamente mais parecido com o líder norte-coreano morto. e aparentemente partilha com ele alguns problemas de saúde. Segundo notícias não confirmadas, padeceria de doença cardiovascular e de diabetes. Com menos de trinta anos, sem experiência militar e política e uma biografia pouco conhecida pela própria população, foi proclamado “líder supremo” durante o cerimonial pela morte de seu pai, Kim Jong-Il.
O novo líder é um enigma para o mundo exterior e também em seu próprio país. Baseia seu governo no culto extremo à personalidade e guarda com zelo cada pequeno detalhe da dinastia totalitária que governa a Coreia do Norte com mão de ferro desde 1948. O mais novo da Dinastia Kim foi conhecido pelo cenário político em setembro de 2010, quando surpreendentemente foi nomeado general de quatro estrelas do Exército e vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores. Ele é formado na Universidade Militar Kim Il-Sung, mostra um perfil mais culto que seu pai e seu avô, mas persegue os mesmos ideais políticos, que colocam o seu país entre os mais pobres do mundo.