CARLOS FREDERICO WERNECK DE LACERDA nasceu no dia 30 de abril de 1914, na cidade de Vassouras, município histórico da Região Centro-Sul do Estado do Rio de Janeiro. Morreu no dia 21 de maio de 1977, na cidade do Rio de Janeiro, vítima de uma complicação pós-gripe. Ingressou na política como militante da Juventude Comunista. Em 1945, integrou a União Democrática Nacional (UDN). Conquistou projeção com a coluna Tribuna da Imprensa, que mantinha no jornal carioca Correio da Manhã.
Elegeu-se vereador pelo Distrito Federal (Rio de Janeiro) em 1947 e fundou o jornal Tribuna da Imprensa. Fez dura oposição ao presidente Getúlio Vargas. Em 1954, sofreu um atentado perpetrado por membros da guarda pessoal do presidente, no qual morreu o major Rubem Vaz da Aeronáutica, que o acompanhava. O episódio agravou a crise enfrentada pelo governo, culminando com o suicídio do Getúlio Vargas. Ainda em 1954, elegeu-se deputado federal. Em 1955, participou do movimento contra a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek. Em 1960, tornou-se o primeiro governador eleito do Estado da Guanabara (a cidade do Rio de Janeiro), criado com a mudança do Distrito Federal para Brasília.
Apoiou o golpe militar de 1964, mas, em 1966, buscou a ajuda do Partido Comunista Brasileiro e de antigos adversários políticos, como JK e João Goulart, para formar a Frente Ampla, movimento de oposição aos militares. Teve os direitos políticos cassados em 1968 e passou, então, a dedicar-se ao jornalismo e à sua editora, a Nova Fronteira. Também trabalhou como tradutor e escritor, deixando uma obra que ajuda a compreender a participação na história política do Brasil. Em 2001, a Editora UNB e a Fundamar lançaram a autobiografia “Rosas e Pedras No Meu Caminho”. No livro, ele conta a vida e a obsessão em conquistar a Presidência da República. Em 2007, a Editora Odisseia lançou o livro “Lacerda Na Guanabara”, escrito pelo Maurício Dominguez Perez.