rangel-pestana1Rangel Pestana

FRANCISCO DE RANGEL PESTANA nasceu no dia 26 de novembro de 1839, na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Morreu no dia 17 de março de 1903, na cidade de São Paulo.

Bacharelou-se em Ciências Jurídicas na Faculdade de Direito de São Paulo em 1863. Depois, foi para o Rio de Janeiro, onde se dedicou ao jornalismo e à política. Participou da maioria dos movimentos em favor da proclamação da República. Juntamente com Aristides Lobo, Saldanha Marinho, Lopes Trovão, Quintino Bocaiúva, Salvador de Mendonça e outros, foi um dos signatários do Manifesto Republicano de dezembro de 1870, ao qual se seguiu a fundação do Clube Radical, de onde surgiria, mais tarde, o Partido Republicano.

Por motivo de saúde, transferiu-se para Campinas-SP, onde exerceu a advocacia e se casou em 1871. Nessa oportunidade, tendo já libertado os escravos que recebera como herança paterna, levou a esposa a libertar os que lhe pertenciam, criando alguns problemas com a classe dirigente campineira. Em 1875, foi para São Paulo, onde abriu, com o auxílio da esposa, o Colégio Pestana. Foi também professor no Colégio Americano Internacional. Como jornalista, foi um dos fundadores do jornal A Província em 1875, que se transformaria mais tarde no jornal O Estado de S. Paulo. Quando passou a integrar a Assembleia Constituinte (1890-1891), transferiu o jornal para Júlio Mesquita.

Foi sucessivamente deputado e senador pelo Estado do Rio de Janeiro, bem como vice-presidente desse estado. Em 1895, exerceu a presidência do Banco da República, que depois virou Banco do Brasil. Em 1900, elegeu-se presidente do Estado do Rio de Janeiro e, em seguida, senador por São Paulo. Duas constantes orientaram sua vida jornalística e política: a abolição da escravatura e a proclamação da República. De ambas, foi um dos mais brilhantes defensores. De si mesmo, dizia: “No domínio da monarquia considerei-me honrado com minha origem de plebeu. No da república, sinto-me feliz por me achar obscuro no meio do povo, que nunca cortejei levianamente para merecer as graças”. Deixou a obra O Partido Republicano Na Província de São Paulo, publicada em 1877.

 

 



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