13/06/2017 — O juiz Sergio Moro, titular da 13.ª Vara Federal de Curitiba, condenou nesta terça-feira (13) o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) a catorze anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É a primeira sentença proferida contra o peemedebista no âmbito da Operação Lava-Jato. Ele ainda é réu em outras nove ações na Justiça Federal do Rio de Janeiro. O governador foi acusado de receber cerca de R$ 2,7 milhões de de propina da empreiteira Andrade Gutierrez, referente às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, da Petrobras, entre 2007 e 2011. O dinheiro sujo, segundo as investigações, teria sido “lavado” através da compra de roupas de grife, móveis de luxo e blindagem de veículos. Sérgio Cabral responde a outros processos.
Escândalo Do Maracanã
17/11/2016 — O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi preso na 37.ª fase da Operação Lava-Jato, uma operação conjunta da Polícia Federal, com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. O político é acusado de chefiar um esquema criminoso que movimentou mais de R$ 200 milhões em propinas a agentes estatais em obras executadas com recursos federais. A apuração identificou a cartelização de obras no Estádio do Maracanã e do Arco Rodoviário Metropolitano. A essa nova fase foi dado o nome de “Operação Calicute”. Sérgio Cabral é o segundo ex-governador fluminense a ser preso em apenas dois dias. No dia anterior (16) o Anthony Garotinho foi “garfado”, acusado de compra de votos na cidade de Campos.
Sérgio Cabral
SÉRGIO DE OLIVEIRA CABRAL SANTOS FILHO nasceu no dia 27 de janeiro de 1963, na cidade do Rio de Janeiro. Filho do crítico de arte Sérgio Cabral, formou-se em jornalismo. Começou a carreira política em 1980 ao se filiar ao PMDB. Entrou efetivamente na vida pública em 1987 ao ser nomeado para comandar a companhia de turismo do seu estado. Em 1990, elegeu-se deputado estadual. De 1995 a 2003, foi presidente da Assembleia Legislativa. Nesse intervalo, já no PSDB, candidatou-se, em 1996, a prefeito do Rio de Janeiro, mas não logrou êxito. De 2003 a 2006, foi senador da república. Com mandato senatorial até 2009, renunciou em 2007 para assumir a cadeira de governador do estado, em decorrência da vitória nas eleições de 2006. Ocupou o cargo até 2014. Em 2016, foi preso, acusado de improbidade administrativa.