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JOÃO FRANCISCO MILLET nasceu no dia quatro de outubro de 1814 na cidade de Gréville-Hague, Região da Normandia, França. Morreu no dia 20 de janeiro de 1875 na cidade de Barbizon na Região de Paris. Descendente de uma família camponesa, desde cedo participou da vida rural que mais tarde iria retratar. Fez o aprendizado artístico junto com os estudos iniciais. A seguir, ingressou na Escola Superior de Belas Artes de Paris. Verificando que a instrução formal pouco interesse oferecia, abandonou a escola e montou um estúdio.

Passou a ganhar a vida pintando retratos a preços módicos, cópias de outros pintores e nus sensuais, como o quadro “Mulher Nua Deitada”. Em 1849, mudou-se para Barbizon. Nessa cidade pintou unicamente a vida campestre, num estilo despojado e grave, mas impregnado de idealismo. Soube exprimir em todos os tons as silhuetas dos trabalhadores ao crepúsculo, os labores a que se entregavam com recolhimento e dignidade. O Millet dominava melhor os efeitos de penumbra de interiores, de noite e de luar. No despojamento das telas, os camponeses tinham frequentemente uma espécie de grandeza sacerdotal.

O quadro “Angelus”, com os camponeses interrompendo o trabalho para orar, é um dos mais reproduzidos do mundo. Executou também numerosos desenhos a lápis, os quais exerceram evidente influência em diversos pintores famosos como o Camille Pissarro e o Vincent Van Gogh. A técnica do pastel dele também foi muito elogiada pela crítica especializada. Essa técnica está evidente no quadro “O Buquê das Margaridas” de 1874, exposto no Museu do Louvre. Toda a obra da fase definitiva da vida é um hino à dignidade do trabalho rural. São dessa fase os quadros “Pastora Assentada”, “As Respigadeiras”, “Camponesa Cuidando da Sua Vaca”, “A Lição de Tricô” e “A Tosquiadora”. Embora o valor do artista tenha sido reconhecida em vida, isso não resultou em benefícios financeiros. A história indica que ele morreu muito pobre.


 

 

 



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