11/09/2019 — O filme “Perdas e Danos”, lançado mundialmente no dia 16 de abril de 1993, foi um dos mais inquietantes da década de 1990. Dirigido pelo francês Louis Malle, conta a história de um respeitado membro do parlamento britânico, vivido pelo ator Jeremy Irons. Esse político, mesmo casado há mais de vinte anos, acaba se apaixonando pela noiva do filho, a bela Anna Barton (Juliette Binoche). Entre os dois acontece uma forte atração sexual, o que os levam a ter um caso. Mas a moça não está disposta a abrir mão do jovem namorado.
Assim, o amante mais velho é obrigado a alterar a rotina para se encontrar secretamente com o objeto do desejo. Os dois sabem o quanto o relacionamento, se descoberto, poderá abalar as pessoas que amam, podendo até destruir as vidas deles. Mas a paixão parece ser mais forte do que a razão. As cenas eróticas do filme, revelando a bela nudez da Juliette Binoche, causaram muita polêmica na época. “Perdas e Danos” foi o trigésimo oitavo filme do Jeremy Irons. Antes, ele tinha brilhado, em 1990, no drama “O Reverso da Fortuna”. Depois, em 1994, arrebatou a plateia mundial com o drama romântico “A Casa dos Espíritos”.
Irons
JEREMY JOHN IRONS nasceu no dia 19 de setembro de 1948, na cidade de Cowes, Ilha de Wight, Canal da Mancha, Inglaterra. Filho de um contador e de uma dona de casa, fez os primeiros estudos na cidade de Dorset. Na escola secundária, chegou a se interessar por música, integrando, inclusive, uma banda. Mais tarde, começou participar de peças teatrais. Com o sonho de se tornar ator, estudou arte dramática, especializando-se em personagens do William Shakespeare. Em 1971, para alargar os horizontes, mudou-se para a cidade de Londres.
Neste mesmo ano, teve a primeira oportunidade na televisão, num episódio da série “Os Rivais do Sherlock Holmes”. Depois de outras produções para a televisão, chegou ao cinema em 1980, num papel secundário do drama “Uma História Real”, a biografia do dançarino ucraniano Vaslav Nijinski. Em 1982, veio o primeiro protagonista, no drama “Vivendo a Cada Momento”. Ainda na década de 1980, depois de realizar um trabalho extraordinário no drama histórico “A Missão” em 1986, obteve o reconhecimento da crítica em 1990 ao ganhar o Oscar e o Globo de Ouro de melhor ator pelo desempenho no drama biográfico “O Reverso da Fortuna”. A década de 1990, aliás, foi de muito trabalho. Participou de 22 produções.
No cinema, destacou-se no drama romântico “A Casa dos Espíritos”, de 1993, na ação “Duro de Matar 3”, de 1995, e na aventura histórica “O Homem da Máscara de Ferro”. A década de 2000 foi mais intensa, com a participação em 25 produções. O destaque vai para a minissérie “Elizabeth I”, exibida em 2006. Pelo desempenho, foi laureado com o Emmy e com o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante. Entre 2011 e 2013, interpretou o personagem Rodrigo Bórgia na série “Os Bórgias”, sucesso mundial do canal Showtime. O Rodrigo Bórgia vem a ser o Papa Alexandre VI, considerado pelos historiadores, o mais corrupto de todos os tempos. Em 2018, esteve na comédia “Sobrevidendo ao Mau Pai”. Em 2019, terminou a participação em dez episódios da primeira temporada da série “Watchmen”, do canal HBO, na qual interpreta o personagem Adrian Veidt.