MARGARETH MENEZES nasceu no dia 13 de outubro de 1962, na cidade de Salvador, Bahia. Conquistou dois troféus Caymmi, dois troféus Imprensa, quatro troféus Dodô e Osmar, além de ser indicada para o Grammy Awards e Grammy Latino. Conhecida por interpretar a canção “Dandalunda”, a cantora soma 21 turnês mundiais. É considerada a “Aretha Franklin brasileira” pelo jornal americano Los Angeles Times. Começou a cantar ainda criança no coral da igreja. Começou a carreira artística, porém, como atriz, participando da peça “Banho de Luz”. Depois, passou a cantar em barzinhos da sua cidade natal.
O primeiro disco — “Faraó (Divindade do Egito)” — foi gravado em 1987, vendendo mais de cem mil cópias. Depois disso, iniciou uma carreira bem sucedida, com outros 13 álbuns de estúdio. O destaque vai para “Ellegibô” (1990) e “Kindala” (1991), lançados nos Estados Unidos e no Reino Unido. Os dois alcançaram o topo de Billboard Word Albuns. “Prá Você” (2004) e “Brasileira Ao Vivo” (2006) receberam indicações para o Grammy Latino e para o Grammy Award, respectivamente. Seu mais recente trabalho — “Voz de Talismã” — foi lançado em 2013. A cantora lidera o movimento “Afropop Brasileiro”, que visa preservar e promover a cultura afro no Brasil. Criou também a “Fábrica Cultural”, uma organização não-governamental que ajuda crianças e adolescentes carentes.
Playboy
01/06/1990 — Em meio a dezenas de imitações de qualidade duvidosa surgidas na esteira do modismo, a onda da lambada deixou na praia da MPB aquela que promete ser uma das boas cantoras dos anos 90: Margareth Menezes. Ninguém prestou atenção no seu LP de estreia, lançado no ano retrasado, mesmo com uma das músicas — “Ellegibô” — tocando em trilha sonora de novela. Foi preciso que o cantor e compositor David Byrne, líder do conjunto Talking Heads, a descobrisse numa pequena casa noturna de Nova York.
Bastou isso para que ele a convidasse para para abrir os shows da turnê de lançamento de seu LP “Rei Momo”, apostando na afinidade entre a voz suingada e as músicas sacolejantes de Margareth e a salada de ritmos das músicas do disco. O sucesso de Margareth nos shows da turnê, como atesta seu segundo LP — “Canto Para Subir” — não se deve unicamente ao sucesso internacional da lambada. O LP traz um painel de ritmos que, apesar de sua origem, têm o dom de mexer os corpos. Assim, há desde o pop caribenho do grupo Kassav ao suingado de Jards Macalé e Waly Salomão. Tudo isso embalado na voz de Margareth, que prova, no LP, ser uma cantora versátil que não precisa usar a muleta do modismo para fazer sucesso no Brasil e no exterior (João Gabriel de Lima).