15/09/1980 — No começo do ano, colocada num palco ao lado da Zezé Mota e do Luiz Melodia, Marina Correa Lima quase enlouqueceu. Era verão, o Projeto Pixinguinha saltava de cidade em cidade, as duas estrelas negras brilhavam e ofuscavam a pálida Marina. Ela andava perdida de um canto a outro. Segurava uma guitarra sem saber bem o que fazer com as mãos. “O peso do mundo caiu sobre os meus ombros”, lembrou ela em entrevista ao jornalista Geraldo Mayrink (Playboy — Setembro de 1980).
Ela disse que percebera que ia quebrar a cara ali mesmo. Não foi o que aconteceu. A crítica gostou do desempenho. A jovem promessa, que lançara pouco antes o seu primeiro LP — “Simples Como Fogo” — aprendeu as trapaças da vida de artista. Já no meio do ano trocava a multinacional que a lançara — a WEA — por outra: a Ariola. Então com 24 anos, a piauiense de nascimento e carioca de coração — cantora, compositora e guitarrista — lançou seu segundo disco: “Olhos Felizes”. Preparou também a sua volta aos palcos, com uma banda própria. Passou a ser a partir daí, segundo os críticos, a melhor intérprete da música popular brasileira.
MARINA CORREIA LIMA nasceu no dia 17 de setembro de 1955, na cidade de Campo Maior, Piauí. Mudou-se ainda criança para os Estados Unidos, onde morou com os pais até os 22 anos. Na adolescência, ganhou do pai — um economista do Banco Interamericano de Desenvolvimento — um violão, com qual começou a compor e a cantar. Oficialmente, começou a carreira em 1977, quando teve uma das suas músicas — “Meu Doce Amor” — gravada pela Gal Costa. Lançou o primeiro disco — “Simples Como Fogo” — em 1979. De acordo com os números da indústria fonográfica houve uma tiragem oficial de 100 mil cópias. Entre inéditos e compilações, são trinta e cinco discos até 2015. Na televisão, atuou, em 2004, como apresentadora do programa “Saia Justa”, do canal GNT (Globosat News Television). Foi capa da Playboy em novembro de 1999.
Principais Álbuns
1979 — Simples Como Fogo (100 mil cópias)
1980 — Olhos Felizes (100 mil cópias)
1981 — Certos Acordes (100 mil cópias)
1982 — Desta Vida, Desta Arte (100 mil cópias)
1984 — Fullgás (250 mil cópias)
1985 — Todas (250 mil cópias)
1986 — Todas Ao Vivo (250 mil cópias)
1987 — Virgem (250 mil cópias)
1989 — Próxima Parada (100 mil cópias)
1991 — Marina Lima (250 mil cópias)
1993 — O Chamado (100 mil cópias)
1995 — Abrigo (250 mil cópias)
1996 — Registros À Meia Voz (100 mil cópias)
1998 — Pierrot do Brasil (100 mil cópias)
2000 — Sissi Na Sua (100 mil cópias)
2001 — Setembro (40 mil cópias)
2003 — Acústico MTV (100 cópias)
2006 — Lá Nos Primórdios (20 mil cópias)
2011 — Clímax (15 mil cópias)