20/10/2017 — A cantora Gal Costa encaminhou para as plataformas digitais a música “Cartão Postal”, integrante do CD/DVD “Estratosférica”, cujo lançamento físico está previsto para novembro. “Cartão Postal” é um blues-rock composto pela Rita Lee (música) e pelo Paulo Coelho (letra). A canção integrou, há 42 anos, o álbum “Fruto Proibido”, na época em que a Rita participava da banda Tutti Frutti. A Gal Costa vem, então, resgatar esse clássico. O disco “Estrasférica”, gravado ao vivo pela baiana, em shows em São Paulo, em junho, conta com a banda formada pelos músicos Fábio Sá (baixo), Guilherme Monteiro (violão e guitarra), Maurício Fleury (teclados). A produção musical e a bateria ficaram na responsabilidade do Pupillo Oliveira.
Gal Costa
MARIA DA GRAÇA COSTA PENNA BURGOS nasceu o dia 26 de setembro de 1945, na cidade de Salvador, Bahia. Voz de soprano, estreou como cantora em 1964 no espetáculo “Nós, Por Exemplo”, ao lado do Caetano Veloso, do Gilberto Gil e da Maria Bethânia. No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro para melhor gerenciar a carreira. Embora tenha participado do Festival Internacional da Canção em 1966, o primeiro disco só apareceu em 1967. Tornou-se, em pouco tempo, uma das referências da música popular brasileira. Até 2016 contabilizava no currículo trinta álbuns de estúdio, nove álbuns ao vivo e sete DVDs. Como atriz, fez a personagem Carmem Miranda do filme “O Mandarim”, de 1995. Na carreira, emplacou 42 temas musicais em filmes e novelas.
Domingo
O disco foi lançado em 1967 pela gravadora Philips. Com uma sonoridade totalmente bossa novista, foi feito junto com o Caetano Veloso. A produção coube ao Dori Caymmi, que também escreveuos arranjos. Nesse disco está o primeiro grande sucesso cantora: “Coração Vagabundo”. Mesmo não tendo sido um estrondoso sucesso, garantiu o reconhecimento da crítica. A faixa “Minha Senhora” foi defendida pela cantora no Festival Internacional da Canção de 1966. O álbum contou com doze faixas e duração de 34m14s.
Na O Cruzeiro Em 1971
07/04/1971 — O público vibrou com a Gal mais magra, o cabelo arrepiado, correndo pelo palco, movimentando o corpo, explosiva. De repente, quieta, suave, a saia de cetim branco, o vestido negro transparente, a sandália de tiras, o tamanco: um desafio. Gal, agora no show do Veredas, em São Paulo, receia perder a cor conseguida no Rio de Janeiro a qualquer custo. Depois da capital paulista será Belo Horizonte, antes de regressar à capital carioca, à sua vida tranquila, ao seu apartamento em Ipanema, que é a parte de cima de uma casa branca, com janelas azuis, cheia de flores. Às brincadeiras com Joplin, uma cadelinha muito louca, e à companhia de Mariá, sua mãe, com quem vive. Em seguida, a gravação de um disco em Londres. De lá, para o resto da Europa e para a África. Depois do sucesso no Brasil, a tentativa de vencer lá fora.