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Vertov

DENIS ARKADIEVITCH KAUFMAN, cineasta, nasceu no dia 2 de janeiro de 1896, na localidade de Byalistok, Polônia. Morreu no dia 12 de fevereiro de 1954, na cidade de Moscou, RússiaFilho de um bibliotecário, dedicou-se às artes, desde a Literatura até a Música. Em 1916, montou um laboratório de música, no qual realizou uma série de experiências sonoras. Em 1917, após a Revolução Russa, teve o primeiro contato com o cinema, ao participar do Comitê Cinematográfico de Moscou, no qual trabalhou como secretário da seção de noticiário.

Depois, dedicou-se ao gênero documentário. Em 1918/1919, montou 49 edições do Kinonedelia, primeiro noticiário cinematográfico soviético, às quais se seguiram vários documentários de longa metragem sobre a guerra civil, entre eles, Aniversário da Revolução (1919), Os Combates ante Saritsyn (1920) e História da Guerra Civil (1922). Preocupado também com os aspectos técnicos do cinema, lançou, em 1922, o manifesto Kinoki, em que defende a câmara como o melhor meio de registrar a realidade. Pondo em prática suas convicções, realizou a série Cinema Verdade, entre 1922 e 1925.

São documentários nos quais introduziu numerosas inovações técnicas: títulos desenhados, trucagens, desenhos animados, etc. Em seguida, tentou realizar a série Cinema Olho, propondo-se a reproduzir e interpretar a realidade cotidiana. Da série, que deveria conter seis partes, só realizou a primeira (1924). Em1926 apresentou dois filmes que marcariam a escola documentária russa: Avante Soviete, sobre as realizações industriais e sociais do regime, e A Sexta Parte do Mundo, exaltação à pátria, inspirada em poemas de Walt Whitman e de Vladimir MaiakovskiNão obstante a sua grande influência sobre o mundo cinematográfico foi, por essa época, demitido da Sovkino — entidade oficial do cinema — por causa de suas constantes experiências “pouco aproveitáveis”.

Assim, instalou-se na Ucrânia, onde passou a se exercitar no que denominou “linguagem cinematográfica por excelência”. Realizou, então, O Décimo Primeiro Ano, em 1928, e O Homem da Câmara, em 1929. Ao mesmo tempo, aderiu ao cinema sonoro, do qual tentou extrair melhor desempenho. Assim, surgiu Sinfornia de Donbass — Entusiasmo, em 1930. Em 1934, realizou Três Cantos a Lênin, considerada sua melhor obra, na qual introduziu a entrevista filmada, recurso posteriormente imitado por outros europeus. Durante a Segunda Guerra Mundial, montou uma série de reportagens e preparou um longa-metragem, que ficaria inacabado. Mais tarde, ligou-se ao Estúdio Central de Documentários, realizando a série Notícias do Dia, entre 1944 e 1954.


 

 

 



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