JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR nasceu no dia 1.º de maio de 1829, na localidade de Mecejana, Ceará. Morreu no dia 12 de dezembro de 1877, na cidade do Rio de Janeiro.
Filho do político liberal e ex-padre José Martiniano de Alencar e de sua prima Ana Josefina de Alencar, transferiu-se para o Rio de Janeiro aos nove anos de idade, quando o pai assumiu a cadeira de senador. Lá, frequentou o Colégio de Instrução Elementar. Em 1843, mudou-se para São Paulo, onde, aos 17 anos, ingressou na Faculdade de Direito. Colega de Álvares de Azevedo e de Bernardo Guimarães, publicou a revista Ensaios Literários. Formou-se em Direito em 1851 e regressou para o Rio de Janeiro, onde passou a advogar e a exercer atividades jornalísticas.
Em 1855, começou a publicar os folhetins Cinco Minutos e A Viuvinha, no Diário do Rio de Janeiro, do qual era redator-chefe e gerente. Em 1857, escreveu O Guarani, seu primeiro grande sucesso. Mais tarde, abandonou o jornalismo para chefiar a Secretaria de Ministério de Justiça. Passou a ensinar direito mercantil e ingressou na política. Eleito deputado, publicou, sob pseudônimo, As Cartas Políticas a Erasmo. Na política, era partidário de um governo forte e da abolição gradativa da escravatura. Em 1868, foi nomeado Ministro da Justiça. Nos últimos anos de sua vida, desiludido com a política, dedicou-se exclusivamente à literatura, publicando uma série de romances que ficou marcada na história brasileira. Atacado por tuberculose, foi se tratar na Europa. Entretanto, não encontrou a cura. Voltou para o Brasil, para morrer aos 48 anos. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras, como patrono da cadeira número 23.
Suas obras foram largamente adaptadas para a televisão e para o cinema. Os detaques vão para a novela Senhora (Rede Globo, de 1976); o filme Iracema, A Virgem dos Lábios de Mel, do diretor Carlos Coimbra (1979); a novela O Tronco do Ipê (1982); o filme O Guarani, da diretora Norma Benguell (1976); e a novela Essas Mulheres (Rede Record), de 2005, baseada no livro Senhora. Em 2006. a Editora Globo lançou a biografia de José de Alencar, com o título O Inimigo do Rei, escrita pelo jornalista cearense Lira Neto.
Obras completas
1856 — Cinco Minutos (romance)
1856 — Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios (crítica)
1957 — A Viuvinha (romance)
1957 — O Guarani (romance)
1857 — O Crédito (peça teatral)
1857 — Verso e Reverso (peça teatral)
1857 — O Demônio Familiar (peça teatral)
1858 — As Asas de Um Anjo (peça teatral)
1860 — Mãe (peça teatral)
1862 — Lucíola (romance)
1964 — Diva (romance)
1865 — Iracema (romance)
1865 — As Minas de Prata (romance, primeiro volume)
1865 — Cartas Políticas de Erasmo (crítica)
1865 — Novas Cartas Políticas de Erasmo (crítica)
1866 — As Minas de Prata (romance, segundo volume)
1866 — Ao Povo: Cartas Políticas de Erasmo (crítica)
1866 — O Sistema Representativo (crítica)
1867 — A Expiação (peça teatral)
1870 — O Gaúcho (romance)
1870 — A Pata da Gazela (romance)
1871 — O Tronco do Ipê (romance)
1871 — Guerra dos Mascates (romance, volume um)
1871 — Til (romance)
1872 — Sonhos d´Ouro (romance)
1873 — Alfarrábios (romance)
1873 — A Guerra dos Mascates (romance, volume 2)
1873 — Como e Por Que Sou Romancista (autobiografia)
1873 — O Garantuja (romance)
1874 — Ubirajara (romance)
1874 — Ao Correr da Pena (crônica)
1875 — O Sertanejo (romance)
1875 — Senhora (romance)
1875 — O Jesuíta (peça teatral)
1893 — Encarnação (romance)