muhammad-ali 160604Muhammad Ali

04/06/2016 — Considerado um dos maiores atletas de todos os tempos, Muhammad Ali morreu na madrugada deste sábado, nos Estados Unidos. Ele tinha 74 anos e estava internado em estado muito grave num hospital da cidade de Scottsdale, Arizona, onde deu entrada com problemas respiratórios. A morte foi confirmada por comunicado divulgado pela família do ex-campeão. Ali fez mais de 60 lutas profissionais em sua vitoriosa carreira. Com uma técnica impecável e uma resistência fora do comum, se tornou uma lenda no mundo do boxe. Não só pelo seu talento em cima do ringue, mas também por uma postura política que não era comum em atletas de grande expressão. Numa decisão importante, em 1967, não atendeu à convocação do exército para participar da Guerra do Vietnã.

muhammad-ali5Cassius Marcellus Clay Jr.
Nome de batismo do Muhammad Ali, nascido no dia 17 de janeiro de 1942, na cidade de Louisville, Kentucky, Estados Unidos. Era filho de um pintor de outdoors e de uma empregada doméstica, ambos descendentes de escravos africanos. Seu primeiro contato com o boxe foi por causa de uma briga de rua. O xerife da cidade, que também era treinador, o “adotou”, passando a lhe dar aulas de defesa pessoal. Começou a lutar amadoristicamente ganhando várias lutas no seu estado natal. Em 1960, foi convocado pela federação americana para representar o país nos Jogos Olímpicos de Roma. Além de ganhar a medalha de ouro, saiu da capital italiana como “o mais novo fenômeno do boxe”.

muhammad-ali4Como amador, acumulou mais de cem vitórias. Em 1961, assombrou o país ao se converter ao islamismo e adotar o novo nome. Em 1964, já como profissional, conquistou o título unificado da Associação e da Federação Internacional de Boxe ao derrotar o temido Sonny Liston. Em 1967, perdeu o título e foi proibido de lutar por três anos por ter se recusado a participar da Guerra do Vietnã. Ao ser reabilitado, lutou contra o Joe Frazier e perdeu. Recuperou o título mundial em 1974 numa histórica luta contra o George Foreman. Ele utilizou o confronto, realizado no Zaire, para se colocar como defensor do pan-africanismo. Nos últimos anos de vida, foi acometido pelo Mal de Parkinson, uma doença degenerativa. No total, profissionalmente, foram 62 lutas, com 57 vitórias, 37 delas por nocaute.


 

 



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