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Entre os romanos, era chamada de Terra. Surgiu do Caos. Sem princípio masculino, engendrou Urano (Céu, entre os romanos), as Montanhas e o Mar. Uniu-se ao filho Urano e teve os Titãs, entre os quais Crono (Saturno para os romanos), os Ciclopes e os Hecatônquiros. Forneceu a Crono a foice com que ele mutilou Urano. Fecundada pelo sangue que correu do ferimento, gerou as Fúrias, os Gigantes e as Melíades. Com o filho Mar, teve Nereu, Taumante, Fórcis, Ceto e Euríbia. Uniu-se ainda ao Tártaro e engendrou, segundo uma tradição, Tifão e Equidna. 

Alguns autores lhe atribuem a origem de outros numerosos monstros: Pitão, Caribde, Anteu, Fama, etc. Pouco a pouco, como símbolo da fecundidade, passou a ser considerada como a mãe do universo e dos deuses. Era tida como inspiradora de vários oráculos, mais antigos e seguros do que os de Apolo. Com o desenvolvimento do mito, confundiu-se com Afrodite (Vênus para os romanos), Deméter (Ceres para os romanos), Reia (Cibele para os romanos) ou Hera (Juno para os romanos). Dizia-se entre os antigos que homem nascera da terra embebida d´água e aquecida pelos raios do Sol. Assim, a natureza do homem participa de todos os elementos e, quando ele morre, sua mãe venerável (a terra) o recolhe e o guarda no seu seio.

É representada como uma mulher gigantesca, de formas pronunciadas e seios grandes. As alegorias modernas a descrevem sob os traços de uma venerável matrona, sentada sobre um globo, coroada de torres, empunhando uma cornucópia cheia de frutos. Outras vezes aparece coroada de flores, tendo ao seu lado o boi que lavra a terra, o carneiro que se ceva e o mesmo leão que está aos pés de Reia. Em um quadro de Charles Le Brun, pintor francês do século XVII, é personificada por uma mulher que faz jorrar o leite dos seus seios, enquanto se desembaraça do seu manto. Do manto, surge uma nuvem de pássaros que revoa nos ares.

 

 

 



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