MANUEL DE BORBA GATO nasceu em dia e mês incertos do ano de 1649, na cidade de São Paulo. Morreu em dia e mês incertos do ano de 1718, na cidade de Sabará, Minas Gerais. Genro do Fernão Dias, substituiu o sogro, após a morte dele, na direção da bandeira empenhada na busca de esmeraldas, entre 1674 e 1681. Nessa época, chegou ao planalto paulista o Dom Rodrigo de Castel Branco, fidalgo espanhol, nomeado comissário de minas pelo rei Pedro II, de Portugal.
Negando-se a aceitar a autoridade real, entrou em choque com o representante da coroa. Em 1862, após violenta discussão, um de seus homens atirou o comissário do alto de um penhasco. Obrigado a fugir, dirigiu-se para além da Serra da Mantiqueira, no vale do Rio São Francisco. Continuou suas explorações, até que, em 1693, conseguiu descobrir ouro na região da cidade de Sabará, entre os rios Grande e Sapucaí. Não revelou a ninguém o local da descoberta, esperando, assim, negociar o perdão da coroa portuguesa e conseguir autoridade sobre as jazidas.
Artur de Sá e Menezes, governador do Rio de Janeiro, concedeu-lhe o perdão, em troca de novas explorações à procura de prata na Serra de Sabaraçu. Não encontrou nem prata nem esmeraldas nessa região, mas descobriu ricos veios de ouro, no Rio das Velhas. Assim, passou a ser, em 1700, guarda-mor desse distrito. Depois, nomearam-no tenente-general da região de minas, o que lhe permitiu obter a posse de terras e cobrar os “quintos de ouro”, de acordo com a legislação vigente. Foi várias vezes superintendente das minas do Rio das Velhas e regiões próximas. Também foi incumbido da administração das estradas. Morreu, após participar da Guerra dos Emboabas.