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01/04/2005 — O cardeal arcebispo Oscar Maradiaga foi colocado na lista dos possíveis candidatos a papa, com a morte do João Paulo II. Jovem para os padrões vaticanos, culto, poliglota e comunicativo, o eligisioso de Tegucigalpa tem o exato perfil que o papa morto mais estimulou e favoreceu ao longo do seu pontificado: rigorosa ortodoxia temperada por nítida preocupação social. Em certos momentos, contudo, derrapa nas declarações. Já proclamou em alto e bom som que a Teologia da Libertação, execrada no Vaticano, “deixou muitas coisas boas”. Na outra ponta, acusou a imprensa americana de exagerar na divulgação dos escândalos de pedofilia envolvendo religiosos católicos.

OSCAR ANDRÉS RODRIGUEZ MARADIAGA nasceu no dia 29 de dezembro de 1942, na cidade de Tegucigalpa, Honduras. Embora tenha se preparado para ser músico, juntou-se aos salesianos em maio de 1961. Formou-se doutor em Filosofia no Instituto Dom Rua, de El Salvador, em Teologia na Pontifícia Universidade Salesiana de Roma e Teologia Moral na Pontifícia diplomas em Psicologia Clínica e Psicoterapia. Foi ordenado sacerdote no dia 28 de julho de 1970, na Cidade da Guatemala. Em seguida, foi nomeado assistente do bispo na sua cidade natal. Tornou-se professor em várias universidade centro-americanas, notadamente na Guatemala e El Salvador. Fala fluentemente o inglês, o francês, o italiano, o alemão e o português.

Em outubro de 1978, foi nomeado bispo auxiliar de Tegucigalpa. Recebeu o arcebispado da mesma cidade em 1993. Em 2001, ascendeu ao cardinalato por graça e obra do papa João Paulo II. Após a morte deste em 2005, apareceu na lista dos papáveis. Em 2007, foi eleito presidente da Cáritas Internacional. Em 2012, foi nomeado membro da Congregação Para a Educação Católica e reeleito pra a presidência da Cáritas Internacional. Em 2013, embora não tenha sido considerado “papável”, foi um importante eleitor do escolhido, o argentino Francisco. Pelo apoio, foi nomeado para fazer parte de um grupo seleto de cardeais destinado a estudar as reformas no âmbito administrativo da Igreja Católica. Em 2017, aos 75 anos, continua muito ativo. É um dos cardeais mais influentes da Cúria Romana.


 

 



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