giovanni-batista-re1Giovanni

10/04/2005 — GIOVANNI BATTISTA RE foi colocado na lista dos prováveis cardeais disputantes do conclave que indicará o substituto do papa João Paulo II, morto no dia 02. Prefeito da Congregação dos Bispos e presidente da Comissão Pontifícia Para a América Latina, 71 anos, é funcionário de carreira do Vaticano. Além disso, é profundo conhecedor da organização da Igreja Católica. Por isso mesmo, tornou-se peça-chave na administração do vaticano e cuidou de boa parte das 104 viagens internacionais do papa desaparecido. É elogiado pelos vaticanistas — pessoas que analisam o dia-a-dia da igreja — por sua imensa capacidade de trabalho, mente brilhante e nervos de aço. Entretanto, segundo os analistas, falta-lhe a indispensável experiência pastoral, à frente de uma diocese.

giovanni-batista-re2GIOVANNI BATTISTA RE nasceu no dia 30 de janeiro de 1934, na cidade de Borno, Lombardia, Itália. Ingressou aos onze anos no Seminário de Bréscia, em 1945, no término da Segunda Guerra Mundial. Foi ordenado sacerdote no dia 3 de março de 1957, nesta mesma cidade, onde também foi membro da faculdade do seminário e do ministério pastoral entre 1960 e 1961. Depois, estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana, (doutorado em Direito Canônico) e na Pontifícia Academia Eclesiástica, ambas em Roma. Entrou no serviço diplomático do Vaticano em 1 de julho de 1963. Primeiramente, foi secretário da nunciatura no Panamá, de 1963 a 1967.

Emendou o cargo de camareiro secreto supernumerário em janeiro de 1964 (o título foi mudado para capelão de Sua Santidade quando a Cúria Romana foi reformada em 1967). Depois, assumiu a nunciatura no Irã, onde trabalhou de 1967 a 1971. Chamado ao Vaticano e promovido a auditor de segunda classe, trabalhou na Secretaria de Estado do Vaticano e foi secretário de Dom Giovanni Benelli, arcebispo-titular de Tusuro. A seguir, foi auditor de primeira classe, em 1974, conselheiro de nunciatura, em 1976, e assessor da Secretaria de Estado, em 1979. Foi eleito arcebispo titular de Vescovio e nomeado secretário da Congregação Para os Bispos, em 1987. Assumiu a função de substituto da Secretaria de Estado, seção de Assuntos Gerais, em 1989.

Foi nomeado prefeito da Congregação Para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina 2000. No mesmo ano, foi elevado a cardeal-presbítero, com o título da Igreja dos Santos Doze Apóstolos. Em 2002, foi elevado ao grau de cardeal-arcebispo, sendo imediatamente designado para a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2001. Foi nomeado presidente da Quinta Conferência do Episcopado Latino-Americano, evento ocorrido em maio de 2007, na cidade de Aparecida, no Brasil. Renunciou aos cargos em 2010 por causa do limite de idade. Ainda asssim, o papa Bento XVI o convocou para vários outras atividades pelo mundo afora. Com a ascensão do papa Francisco, não se ouviu mais falar dele.


 

 



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