ALMIR DE SOUZA SERRA nasceu no dia 12 de julho de julho de 1946 e morreu no dia 05 de maio de 2017, na cidade do Rio de Janeiro. Nascido e criado no Morro do Salgueiro, teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua família. O pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba. A mãe, Nair de Souza, conhecida como “Dona Fia”, era costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro. O seu irmão Francisco de Souza Serra (mais conhecido como Chiquinho) foi um dos fundadores dos gruo Originais do Samba.
Na década de 1970, já era mestre de bateria e um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores da escola. Nessa época, inovou o samba ao introduzir o banjo, adaptado com um braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de samba. Em 1979, mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista do grupo Originais do Samba. Na capital paulista fez “Bebedeira do Zé”, sua primeira composição, gravada pelo grupo. O auge como compositor aconteceu com a música “Coisinha do Pai”, imortalizada na voz da Beth Carvalho. A canção foi usada, ainda, pela agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) para acionar, em 1997, um robô da missão Mars Pathfinder, que explorava o Planeta Marte.
Até 2012 gravou 15 discos. Influenciou duas gerações de sambistas, a partir da fundação do grupo Fundo de Quintal na década de 1980, o qual reuniu grandes músicos, entre os quais o Jorge Aragão. Logo em seguida, porém, saiu do grupo para empreender a carreira-solo. Em 2015 começaram os problemas de saúde. Teve de se afastar depois que sentiu fortes dores no corpo antes da realização de um show. Em 2016 começou a tratar de uma insuficiência renal crônica, doença que o levaria à morte em maio de 2017.