07/09/2019 — Está chegando às livrarias brasileiras uma nova edição do “O Homem Invisível”, considerado pela crítica um clássico da literatura universal. Na obra, o escritor Herbert George Wells apresenta um misterioso forasteiro que chega à cidade de Iping. Ninguém sabe o nome dele, nem de onde vem, nem a razão de estar sempre coberto da cabeça aos pés, com chamativos óculos escuros e bandagens envolvendo toda a cabeça sob um chapéu de abas caídas. Além disso, ele trouxe um verdadeiro laboratório portátil.
O suspense cresce quando crimes começam a acontecer e quando se descobre que o homem é invisível. Mais à frente, fica-se sabendo que o sujeito é, na verdade, um cientista que dedicou a vida à pesquisa de sistemas óticos. Na sequência dos estudos, inventa uma maneira de mudar o índice de refração de um corpo para que ele não absorva nem reflita a luz. Realiza com sucesso este procedimento em si mesmo, mas falha na tentativa de reverter o processo. Trata-se uma engenhosa combinação de humor e imaginação fantástica do autor. Publicado pela Editora Zahar, o livro tem 232 páginas e preço sugerido de R$ 39,90. O livro virou série de tevê em 1958.
Time Machine
15/03/2019 — O romance “A Máquina do Tempo” foi a obra de estreia do britânico H. G. Wells. Lançado originalmente em 1895, o livro se tornou um clássico, considerado fundador do gênero “ficção científica”. Agora, a Editora Zahar, está fazendo um novo lançamento. De acordo com a trama, um viajante do tempo retorna para contar a um grupo de amigos a sua extraordinária experiência num ano bastante longínquo. Nas ruínas do que um dia fora Londres, ele esteve entre duas raças degeneradas de descendentes da humanidade: os Elói, criaturas frívolas e infantis, cuja existência parece se dar sem lutas, e os Morlocks, habitantes do mundo subterrâneo que, antes subservientes aos Elói, passaram a persegui-los quando a noite cai. A história foi várias vezes vertida para o cinema e a tevê.
HERBERT GEORGE WELLS nasceu no dia 21 de setembro de 1866, na cidade de Bromley, Inglaterra. Morreu no dia 13 de agosto de 1946, na cidade de Londres. De origem humilde, trabalhou desde cedo. Praticamente autodidata, aos 18 anos recebeu auxílio do estado para ingressar na Escola Normal de Ciências, onde estudaria biologia com Thomas Henry Huxley. Formado em Ciências pela Universidade de Londres em 1888, empregou-se como professor e, simultaneamente, passou a escrever manuais didáticos e a colaborar em alguns periódicos. Em 1895, publicou seu primeiro romance, The Machine (A Máquina do Tempo), que alcançou grande e imediato sucesso.
Seguiu-se uma série de obras, que, ao lado das de Júlio Verne, são consideradas pioneiras do gênero ficção científica: The Wonderful Visit (A Visita Maravilhosa, 1895), The Island of Dr. Moreau (A Ilha do Dr. Moreau, 1895), The Invisible Man (O Homem Invisível, 1897), The War of the Words (A Guerra dos Mundos, 1898), entre outras. No entanto, ao contrário de Julio Verne, ao mesmo em que prenunciava uma nova e fantástica era, marcara pelo aparecimento de fonógrafos, rádios, dirigíveis, tanques e viagens espaciais, introduziu em suas obras os problemas sociais de seu tempo.
Em 1900, publicou Love and Mr. Lewisham (O Amor e o Sr. Lewisham), em que, abandonando a fantasia futurística, abordou realisticamente os problemas da classe média baixa, com a qual se identificava. Em 1903, manifestando sua adesão ao socialismo, filiou-se à Sociedade Fabiana. Mas, discordando dos fabianos, logo se afastou da organização: não acreditava na luta de classes como motor da história, mas unicamente na educação científica a fim de alcançar o bem-estar e a felicidade através do desenvolvimento tecnológico e do incremento da produção.
Assim, em “Uma Moderna Utopia”, de 1905), defendia o controle da sociedade por aqueles que hoje são chamados tecnocratas. Durante a Primeira Guerra Mundial, publicou vários livros abordando os problemas do conflito. Menos otimista em relação ao progresso natural do homem (que havia sustentado, baseando-se no darwinismo), por essa época passou a adotar certo tipo de transcendentalismo filosófico. Por outro lado, coerente com sua visão do papel da difusão da ciência na mudança do mundo, escreveu várias obras sobre o tema a partir de 1919. Profundamente pessimista no período final de sua vida, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, perderia completamente a fé na humanidade. Dentro dessa perspectiva escreveu livros bastante densos. Deixou vasta bibliografia contendo ficção científica, contos, escritos políticos, etc.