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ELBA MARIA NUNES RAMALHO nasceu no dia dezette de agosto de 1951 na cidade de Conceição no Estado da Paraíba. Desde pequena sentia que o sertão não era o seu destino. Enquanto ouvia as serestas que o pai fazia na cidade, sonhava com o Rio de Janeiro. Com a veia musical aguçada viu a vida dar uma guinada quando com onze anos a família se mudou para a cidade de Campina Grande. Lá, estudou no Colégio Estadual da Prata, onde participou do coral e de peças de teatro. Deu assim os primeiros passos rumo à carreira artística.

Terminado o curso secundário virou baterista ao formar o grupo musical As Brasas. Esse grupo começou com o tempo a fazer sucesso nas cidades do interior do estado. Para os padrões da sociedade paraibana, porém, ela era considerada a “ovelha negra” da família. Enquanto a irmã frequentava salões de beleza, ela vivia nos botequins junto com a intelectualidade da cidade. Campina Grande ficou pequena para as aspirações da cantora. A salvação veio sob a forma de um convite para participar de uma temporada com o Quinteto Violado, grupo musical da cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco.

Mais à frente trancou matrícula em duas faculdades (Economia e Sociologia), desligou-se da família e com 21 anos finalmente conheceu o Rio de Janeiro. Na capital carioca comeu o pão que o diabo amassou. Não tinha onde morar e muitas vezes nem o que comer. Não podia, porém, voltar derrotada para casa. Integrou o grupo Chegança e fez a personagem Lúcia na peça “Ópera do Malandro”, na qual cantou e interpretou. Foi o começo do sucesso. O passo seguinte foi a gravação em 1979 do primeiro disco — “Ave de Prata” —, cujas vendas marcaram noventa mil cópias, uma marca excelente para uma iniciante. Desde então gravou mais dezesseis álbuns de estúdio e seis DVDs, além seis compilações. Como atriz são doze créditos.


 

 

 



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