PEDRO DE ALCÂNTARA GONZAGA DE BRAGANÇA nasceu no dia 2 de dezembro de 1825, no Paço de São Cristóvão, Rio de Janeiro.
Sua mãe — a Imperatriz Leopoldina — morreu em 11 de dezembro de 1826, dias depois do primeiro aniversário do príncipe herdeiro. Assim, ele teve como mãe de criação a Condessa de Belmonte — Mariana de Magalhães Coutinho —, conhecida familiarmente como Dardana. Em 9 de abril de 1931, dois dias após a abdicação de Dom Pedro I, foi proclamado imperador do Brasil. Tinha cinco anos e recebeu como tutor o paulista José Bonifácio de Andrada e Silva. O tutor ficou encarregado da sua educação. Desde cedo, interessou-se pelas ciências e pelas artes.
O receio da instabilidade política que dominava outros países da América Latina fez com que os governantes brasileiros apressassem o processo de maioridade do imperador para que ele assumisse de fato o trono. Em 18 de maio de 1840, o Marquês de Paraná — Hermeto Carneiro Leão — apresentou uma proposta de reforma constitucional com esse objetivo. No dia 23 de julho daquele ano, o Senado Federal proclamou a resolução que decretava a sua maioridade. A decisão foi precedida por uma agitada sessão na Câmara dos Deputados e por manifestações populares no Campo de Santana, no Rio de Janeiro. Às três horas da tarde do mesmo dia, o imperador, então com 15 anos, prestou juramento.
Ele ficaria conhecido pelo epíteto de “o moderador”. Dedicou-se com sucesso a pacificar o país e consolidar e unificar o império. Em 30 de maio de 1843, casou-se por procuração com Tereza Cristina Maria, filha do rei das Duas Sicílias. Em setembro, a imperatriz chegou e fez-se a cerimônia final do casamento. O casal teve quatro filhos, dos quais apenas a Princesa Isabel e a Princesa Leopoldina atingiram a idade adulta. Os dois príncipes — Afonso e Pedro — morreram cedo. O imperador era considerado um dos homens mais cultos do país. Seu interesse artístico e científico prosseguiu durante toda a sua vida e foi motivo de três viagens à Europa em 1871, 1875 e 1887. Falava e escrevia fluentemente mais de dez línguas, além do português.
Seu reinado foi marcado pela diversificação do comércio, um começo de atividade industrial e principalmente por uma transformação básica na agricultura, que iria repercutir em toda a economia: a gradativa substituição do açúcar e do algodão pelo café, propiciando um novo e próspero surto econômico. Em 15 de novembro de 1889, foi destronado, com a instituição da República. No dia 17 do mesmo mês, saiu do país junto com a família, fixando-se primeiramente na Cidade do Porto, em Portugal. Depois, morou sucessivamente em Cannes, Nice, Versalhes e Paris (França). Morreu em 1891 em decorrência do agravamento do seu precário estado de saúde. Seu corpo foi transferido para o Panteão de São Vicente de Fora, em Lisboa, e, em 1920, transladado para a Catedral de Petrópolis, Rio de Janeiro.