PEDRO DE ALCÂNTARA nasceu no dia 12 de outubro de 1798 e morreu no dia 24 de setembro de 1834 na cidade de Queluz, Conselho de Sintra, Portugal. Além de imperador do Brasil entre 12 de outubro de 1822 até 1831, foi rei de Portugal e Algarves entre março e maio de 1826. Abdicou do trono em favor da filha Isabel Maria, de quem se tornou regente entre 1832 e 1834. Para manter a filha no poder, travou uma intensa luta contra o irmão Miguel de Alcântara. É considerado pelos historiadores uma figura política importante, pois permitiu que o Brasil e Portugal deixassem os regimes absolutistas por formas representativas de governo.
Tinha apenas dez anos de idade quando aportou no Brasil junto com o pai João 6.º e toda a família real, fugidos de Portugal por causa da invasão francesa. Assim, estudou e se formou por aqui. Na juventude, obteve a fama de mulherengo ao manter diversos casos com mulheres da realeza e outras nem tanto. Com a volta do João 6.º para Portugal em 1820, assumiu, com 22 anos, a regência do reino no Brasil. Com as ameaças de Portugal de tirar a autonomia que o Brasil tinha adquirido, declarou a independência do país no dia sete de setembro de 1822. Logo depois, forçado por políticos liberais, convocou uma Assembleia Nacional Constituinte, que dissolveu em 1823. Em 1824, outorgou a primeira constituição do país.
A criação de um estado altamente centralizado levou a diversas rebeliões pelo Brasil afora. O imperador, então, chegou até a contratar mercenários ingleses para acabar com uma sublevação em Pernambuco. Ainda em 1824, todas as rebeliões foram sufocadas. Mas o estrago político já estava feito. Em 1825, demorou para tomar atitudes em relação à declaração de independência da Província Cisplatina. O resultado do conflito foi a perda do atual território do Uruguai. As dificuldades do imperador acentuaram-se com o escândalo do caso extraconjugal que mantinha com a Domitila de Castro, elevada por ele à categoria de Marquesa de Santos. No ano seguinte, a usurpação do trono português — dele por direito — pelo irmão Miguel o levou a retornar ao país natal. Deixou no Brasil o filho mais velho Pedro, o futuro imperador Pedro 2.º.