01Café Filho

JOÃO FERNANDES CAMPOS CAFÉ FILHO nasceu no dia três de fevereiro de 1899 na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Morreu no dia vinte de fevereiro de 1970 na cidade do Rio de Janeiro. Filho de um senhor de engenho falido, teve de lutar muito para pode estudar. Depois de cursar a Academia de Ciências Jurídicas do Recife, Pernambuco, exerceu durante algum tempo a advocacia em sua cidade natal e no interior do seu estado.

Aprovado num concurso público para promotor de justiça, pôs em prática uma posição contrária à oligarquia local ao defendertrabalhadores humildes. Chegou a ser preso, durante uma greve de trabalhadores em 1923. Em 1928, já tendo optado pela carreira jornalística, tornou-se diretor do jornal A Noite da cidade de Recife. O periódico fazia oposição aos governos estadual e federal. Um ano depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde ocupou o cargo de redator do jornal A Manhã e se tornou ativista da campanha política da Aliança Liberal.

Após a Revolução de 1930 foi nomeado para a chefia de polícia do Rio Grande do Norte. Eleito em 1934, trabalhou como deputado federal até a instauração do Estado Novo em 1937. No ano seguinte exilou-se na Argentina, mas voltou logo para o BrasilEm 1945, após a queda do presidente Getúlio Vargas, elegeu-se deputado federal pelo Partido Social ProgressistaEsse fato abriu caminho para a a eleição para a vice-presidência da República em 1950 na chapa encabeçada pelo Getúlio Vargas. No cargo, somou-se aos que se opunham à intervenção do governo no campo econômico e aos que criticavam os excessos da legislação trabalhista.

Durante a crise política de 1954 propôs que ele próprio e o presidente renunciassem aos cargos. Após o suicídio do Getúlio Vargas, porém, substituiu-o, conforme previa a Constituição Federal. Em 1955, por causa de uma doença, passou o cargo ao então presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Carlos LuzApós a recuperação da saúde, tentou voltar à presidência, mas foi impedido pelos militares. Em 1961 foi nomeado ministro do Tribunal de Contas do Estado da Guanabara. Antes disso, porém, dedicou-se a atividades particulares, tendo sido presidente de uma empresa imobiliária no Rio de Janeiro durante dois anos. Foi um dos mais ardentes incentivadores da Petrobras. Em 1966 lançou o livro de memórias “Do Sindicato ao Catete”.


 

 

 



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