Memórias

filmeMEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS” foi publicado em folhetins na Revista Brasileira do Rio de Janeiro entre março e dezembro de 1880. Esses folhetins viraram um só volume em 1881. É considerada uma das obras-primas do escritor fluminense Machado de Assis. O romance mereceu tradução em diversas línguas, com destaque para o francês, o inglês, o espanhol, o italiano, o alemão e o russo. Marco do realismo brasileiro, o texto sempre figurou na lista dos utilizados na rede pública de ensino. De modo geral, o “Memórias...” retrata a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o positivismo da época. Em 2001, o livro foi adaptado para o cinema. Teve o ator Reginaldo Farias na pele do Brás Cubas.

Descrito pela crítica como “o maior escritor da América Latina”, o Machado de Assis escrevia ficção romântica antes do lançamento desse exemplar original da escola realista. Na trama, o narrador está morto. A voz dele, vinda do além-túmulo, examina com sarcasmo uma vida fútil. Brás Cubas pertencia à elite privilegiada do Rio de Janeiro. Vivia da riqueza herdada. Típico de uma existência medíocre, destituída de qualquer objetivo, é o prolongado caso amoroso com a mulher de um político que o mantém em sobressalto. O humor negro do autor transforma esse material pouco promissor numa comédia lacerante. A narrativa fragmentada, tortuosa e digressiva dá margem a todo tipo de fantasia, meditação e ironia. São expostas vinhetas da crueldade da sociedade injusta do Brasil.

O autor

machadoJOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS nasceu no dia 21 de junho de 1839 e morreu no dia 29 de setembro de 1908 na cidade do Rio de Janeiro. Nascido no seio de uma família pobre, sequer ascendeu à universidade. Mas passou por diversos cargos públicos. O que lhe abriu as portas da literatura foi um que exerceu na Biblioteca Nacional. Começou escrevendo poesias. Depois evoluiu para as peças de teatro e contos. O primeiro romance, o “Ressurreiçao”, saiu em 1872. O primeiro sucesso editorial, o “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, o colocou no panteão dos maiores escritores brasileiros da época. No total na carreira são dez romances, cinco coletâneas de poesias, sete coletâneas de contos e dez peças de teatro.


 

 

 



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