Milton
versus Nada

12/11/2025 — Em 2018, o Milton Nascimento lançou duas Extended Play, a “Nada Será Como Antes” e a “A Festa”, nas quais rebobinou o próprio repertório em registros acústicos feitos a partir de 2007. Juntas, as duas EPs totalizaram onze gravações. Oito delas reaparecem agora no disco “Tarde”, inédita coletânea acústica a ser lançada em Long Play previsto para chegar às mãos dos compradores em março de 2026. A novidade da compilação são as três faixas até então inéditas no mercado fonográfico. Trata-se dos registros acústicos das músicas “Fazenda” (Nelson Angelo, 1976), “Peixinhos do Mar” (tema tradicional em adaptação do Tavinho Moura, 1980) e “Tarde” (Milton Nascimento e Marcio Borges, 1969). O cantor e compositor mineiro está com 83 anos.

Milton

MILTON NASCIMENTO nasceu no dia 26 de outubro de 1942 na cidade do Rio de Janeiro. Filho de uma empregada doméstica abandonada pelo namorado, os primeiros anos de vida foram muito difíceis. Por isso, a mãe, para possibilitar a ele uma vida melhor, concordou em dá-lo em adoção. Assim, mudou-se com os pais adotivos para a cidade de Três Pontas no Estado de Minas Gerais. Com quatro anos ganhou uma sanfona de presente. Com treze anos começou a funcionar como crooner de um conjunto da cidade. Na idade adulta voltou para o Rio de Janeiro para investir na carreira profissional. Antes de gravar o primeiro disco, fez muito sucesso nas emissoras de rádio cariocas.

No total na carreira são 34 álbuns de estúdio e nove álbuns ao vivo. O destaque vai para o “Nascimento” de 1997, que recebeu o prêmio Grammy de “melhor álbum de música mundial”. O “Crooner” de 1999 recebeu em 2000 o Grammy Latino de “melhor álbum pop contemporâneo”. Como compositor e cantor, o Milton fez parcerias com grandes nomes da música mundial, com destaque para a argentina Mercedes Sosa, o americano Herbie Hanckok e o britânico Peter Gabriel. No cinema, responsabilizou-se pela trilha sonora de diversos filmes, com destaque para o drama “Sonho de Valsa” de 1987 e a comédia “O Coronel e o Lobisomem” de 2005. Como ator registra seis créditos. O último deles está no filme “O Viajante”, um drama de 1998. Em 2022 lançou a autobiografia “Travessia”.


 

 

 



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