vida-bandida p1Vida Bandida

BANDITS foi lançado no dia 12 de outubro de 2001 nos Estados Unidos. A estreia mundial se deu no dia 25 de outubro de 2001 em Singapura. Aos cinemas do Brasil chegou no dia 7 de dezembro de 2001.

No triângulo amoroso do filme, a personagem de Cate Blanchett, Kate Wheeler, é uma dona-de-casa em crise que abandona o casamento falido para se aventurar com uma dupla de assaltantes. Ela se divide entre o novo e o velho herói-síntese do cinema americano. Joe Blake é o “homem de ação”, um herói saudável ao velho estilo do cinema clássico. Não por acaso, ele cita uma cena de um filme de Franz Capra, Aconteceu naquela Noite, ao flertar com Kate. Homens comuns, cujos bons instintos autenticavam o american way, os heróis caprianos, grandes agentes do sonho americano nos anos 30/40, representam hoje o ideal perdido do '“homem de ação” americano.

vida-bandida1Depois da Segunda Guerra, este foi se tomando, progressivamente, um saudoso e romantizado fora-da-lei, e Joe filia-se a essa tradição (Butch Cassidy) e é natural que seja interpretado por Bruce Willis, astro de um gênero que representa os resquícios da imaginação numa época em que seus protagonistas tomaram-se espécies de autômatos. Terry Lee Collins, a outra ponta do triângulo, é o neurótico hipocondríaco que, ao contrário de Joe, pensa demais. Ele é um típico representante da nova era do cinema americano, marcada pela descoberta da faceta patológica do american way. Natural que Terry seja interpretado, portanto, por Billy Bob Thornton, um especialista, tanto, como ator quanto como roteirista, na nova e doentia tipologia do cinema americano.

vida-bandida2A história desse triângulo amoroso é contada partir de uma reportagem apresentada após a suposta morte dos protagonistas, recurso que remete a Cidadão Kane. Orson Welles, o grande obituarista do “homem de ação”, substituía nesse seu primeiro filme o ideal do sonho americano pela realidade dos bastidores da “sociedade de espetáculo” ao se aprofundar na história de um magnata da imprensa inspirado em William Randolf Hearst. Aqui, a história da personagem de Cate Blanchett lembra o caso real da filha de Hearst, Patricia, supostamente sequestrada e convertida por um grupo de assaltantes idealistas. Ao engendrar, nessa comédia de típicos apelos comerciais, uma crítica à indissociabilidade entre realidade e ficção na “sociedade de espetáculo” americana, o roteirista Harley Peyton pretendia, provavelmente, enganar, a um só tempo, público e crítica (Tiago Mata MachadoFolha de S. Paulo).

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Elenco
Bruce Willis (Joseph “Joe” Blake)
Billy Bob Thornton (Terry Lee Collins)
Cate Blanchett (Kate Wheeler)
Troy Garity (Harvey “Dog” Pollard)
Brian F. O'Byrne (Darill Miller)
Stacey Travis (Cloe Miller)
Bobby Slayton (Darren Head)
January Jones (Claire/Pink Boots)
Azura Skye (Cheri)
Peggy Miley (Mildred Kronenberg)
William Converse-Roberts (Charles Wheeler)
Richard Riehle (Larry Fife)
Micole Mercurio (Sarah Fife)
Scott Burkholder (Policial Wildwood)
Anthony Burch (Phil)

Ficha Técnica
DIREÇÃO: Barry Levinson
ROTEIRO: Harley Peyton
PRODUÇÃO: Ashok Amritraj e outros
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Patrick McCormick e outros
MÚSICA ORIGINAL: Christopher Young
FOTOGRAFIA: Dante Spinotti
MONTAGEM: Stu Linder
DIREÇÃO DE ELENCO: Ellen Chenoweth
DESENHO DE PRODUÇÃO: Victor Kempster
DIREÇÃO DE ARTE: Dan Webster
DECORAÇÃO DE SET: Merideth Boswell
FIGURINOS: Gloria Gresham
MAQUIAGEM: Lynne K. Eagan e equipe
COMPANHIA: Metro Goldwin Mayer
ORÇAMENTO: US$ 80 milhões (estimativa)
BILHETERIA NOS EUA: US$ 41,6 milhões
BILHETERIA MUNDIAL: US$ 26,1 milhões
BILHETERIA TOTAL: US$ 67,7 milhões

Americanos na tela grande

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