e-o-vento-levou2Vestidinho do Século XIX

20/04/2015 — Um dos vestidos usados pela atriz Vivien Leigh durante as filmagens do filme “E o Vento Levou” foi vendido por US$ 137 mil (R$ 418 mil) durante um leilão realizado em Beverly Hills, no estado americano da Califórnia. A atriz interpretou a personagem Scarlett O'Hara no clássico americano de 1939. Segundo a rede CNN, o preço alcançado pela peça superou em muito a expectativa da casa Heritage Auctions, que havia estipulado um valor inicial de US$ 60 mil (R$ 183 mil) para o figurino. O vestido fazia parte de um acervo de mais de 150 objetos relacionados ao filme que pertenciam a um maquiador dos estúdios da Universal. Além da peça, foram vendidos o um chapéu de palha, uma blusa e um terno cinza do protagonista Rhet Butler (Clark Gable).

e-o-vento-levou3E o Vento Levou: Épico Cinematográfico

GONE WITH THE WIND estreou nos Estados Unidos no dia 17 de janeiro de 1940. Antes, em dezembro de 1939, fez três apresentações especiais em Atlanta, Nova York e Los Angeles. Também aos cinemas brasileiros chegou antes: 1.º de janeiro de 1940.

O best-seller sobre a Guerra Civil Americana, escrito pela Margareth Mitchell, foi agarrado pelo megalomaníaco produtor David O. Selznick, que resistiu à sugestão de escalar Basil Rathbone para o papel do Reth Butler, em favor da única escolha que os fãs aceitariam: Clark Gable. Depois de caçar talentos no país inteiro e de uma briga de foice em Hollywood envolvendo cada protagonista feminina em potencial na cidade, ele contratou a inglesa Vivien Leigh para interpretar Scarlett O´Hara. Insistindo em que cada detalhe fosse suntuoso, o produtor usou pelo menos três diretores (Sam Wood, George Kukor e Victor Fleming), botou fogo nos cenários que haviam sobrado do “King Kong” para encenar o incêndio de Atlanta, contratou figurantes suficientes para reencenar a guerra e aguardou o Oscar para ser aclamado.

e-o-vento-levou4O que move a trama é o coração indeciso da Scarlett O´Hara, que Vivian Leigh interpreta como frívola e depois como empedernida: ela é tão apaixonada pelo galante Ashley Wilkes (Leslie Howard), que se casa com vários bobalhões medíocres (e malfadados) quando ele escolhe a mais feminina (e malfadada) Melanie (Olivia de Havilland). Reth Butler, mais pragmático do que idealista, entra em cena e ela se sente atraída por ele quando a guerra destrói o estilo de vida sulista. Os dois se casam depois de Scarlett ter jurado nunca mais passar fome e manter Tara — a fazenda do seu pai — funcionando, apesar dos estragos da guerra. Ela só percebe que ama Reth de verdade quando ele a rejeita, gerando o clássico final em aberto, no qual o personagem vai embora e ela jura conquistá-lo novamente.

victor-fleming1A crítica histórica afirma que o filme maquia um período complexo dos Estados Unidos, mostrando apenas escravos felizes e obedientes e retratando o envolvimento do personagem Ashley Wilkes com uma organização nos moldes da Ku Klux Klan, durante o pós-guerra, como algo genuinamente heróico. Contudo, o ritmo do filme é irresistível e as sequências dele estão entre as mais emblemáticas da história do cinema. Ganhou nove oscars: “filme”, “diretor” (Victor Fleming), “roteiro adaptado” (Sidney Howard), “atriz” (Vivien Leigh), “atriz coadjuvante” (Hattie McDaniel), “direção de arte” (Lyle Wheeler), “fotografia” (Ray Rennahan), “montagem” (Hal Kern e James Newcom) e o prêmio de inovação técnica (Don Musgrave). Ainda foi indicado para os prêmios de “ator” (Clark Gable), “atriz coadjuvante” (Olivia de Havilland), “música”, “som” e “efeitos especiais”.


Americanos na tela grande

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