Kurt Masur

KURT MASUR nasceu no dia 18 de julho de 1927, na cidade de Brieg, Baixa Silésia, Alemanha. Morreu no dia 19 de dezembro de 2015. Foi um mestre na regência do repertório romântico e de compositores austríacos e alemães do século XIX e início do XX, como Beethoven, Brahms, Bruckner e Mahler. Iniciou a carreira sob o regime comunista da Alemanha Oriental, mas teve também um período glorioso à frente da Filarmônica de Nova York, que foi renovada por sua direção firme. Sofria do Mal de Parkinson, mas a causa da morte não foi anunciada pelos familiares.

Embora considerado um gênio, não vinha de uma família com tradição artística (seu pai era engenheiro), mas cedo se apaixonou pela música. Aprendeu piano, violoncelo e percussão. Estava decidido a construir carreira como músico de orquestra, mas, aos 16 anos, porém, teve uma lesão grave num tendão da mão direita, o que o impediu de tocar instrumentos. Foi quando decidiu se tornar maestro (devido à lesão, nunca regeu com a batuta). Lutou com o exército alemão na Segunda Guerra Mundial. Encerrado o conflito, voltou aos estudos, no conservatório de Leipzig. Dirigiu várias orquestras na Alemanha Oriental.

Não era membro do Partido Comunista, mas a reputação que construiu com impecáveis gravações das sinfonias de Beethoven lhe possibilitaram algumas regalias. Entre elas, a de viajar para reger orquestras do bloco ocidental, inclusive nos Estados Unidos. Em Leipzig, seu prestígio era tal que conseguiu debelar tensões em 1989, quando as manifestações pró-democracia corriam o risco de serem violentamente reprimidas. Em 1991, assumiu a direção da Filarmônica de Nova York, cujo prestígio andava em baixa. Com pulso forte, revitalizou-a. Ficou efetivamente à frente da orquestra até 2002. Depois, manteve o título de “diretor emérito”.