egito aah-hotepAah-Hotep

AAH-HOTEP nasceu em dia e mês incertos do ano de 1570 antes do Cristo e morreu em dia e mês incertos do ano de 1540 antes do Cristo. Rainha egípcia, cuja descoberta do túmulo se deveu ao egiptólogo Auguste Mariette, em 1859. A importância dessa descoberta prende-se ao fato de, também, haverem sido encontrados trabalhos de ourivesaria egípcia, primorosamente executados. Esses trabalhos remontam à época anterior ao nascimento do Moisés. Em algumas joias havia gravado o nome do Kamosé, obscuro rei da 18.ª dinastia, presumivelmente seu marido, e do rei Ahmés, dado, nas últimas decifrações, como Ahmosé.

Trata-se de uma das figuras femininas mais importantes para os soberanos do Império Novo, que a olharam como nobre antepassada, à semelhança do que aconteceu com a sua filha, Nefertari. Oriunda de Tebas, era filha do rei Taá I e da rainha Teticheri. Foi casada com o seu irmão, Taá II, soberano que faleceu nas batalhas contra os Hicsos, os quais tentavam invadir o território egípcio. Quando o marido faleceu, o seu filho Kamés tornou-se o novo rei. Dada à menoridade do menino (teria cinco ou dez anos), a rainha exerceu as funções de regente. Depois de morta, foi inumada num túmulo nas colinas de Dra Abu el-Naga, setor ocidental da necrópole de Tebas. A sua múmia foi encontrada num poço com mais de cinco metros de profundidade.

Os restos da rainha foram perdidos devido ao fato de o governador de Qena ter ordenado a abertura do sarcófago onde se encontrava a múmia e dela ter sido retiradas as jóias. A múmia, sem os devidos cuidados, foi reduzida, literalmente, a pó. O egiptógo francês Auguste Mariette escavou o túmulo, onde se descobriu um tesouro. Entre os vários objetos deste tesouro, encontram-se braceletes e um artístico peitoral de ouro, além de um punhal com lâmina de ouro e um machado com cabo de madeira de cedro, laminado a ouro. Também foram encontradas três moscas de ouro, uma espécie de condecoração militar da época. Estes três elementos sugerem que a rainha liderou tropas. Na literatura, Aah-Hotep foi alvo do romance histórico “As Egípcias”, do escritor francês Christian Jacq.


 

 



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