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MAXIMILIEN FRANÇOIS MARIA ISIDORE DE ROBESPIERRE nasceu no dia 6 de maio de 1758, na localidade de Arras, Pas-de-Calais, França. Morreu no dia 28 de julho de 1794, na cidade de Paris.

Com a morte da mãe, em 1767, e abandonado pelo pai, passou a viver com os avós maternos. Sua infância relativamente tranquila se dividiu entre os estudos, a criação de pombos e os trabalhos em madeira. Estudou no colégio de sua cidade natal, onde se formou em primeiro lugar. Tal distinção escolar lhe valeu uma bolsa de estudos no Colégio Luís — o Grande, da Universidade de Paris. Sempre foi um estudante pobre: terminou os três últimos anos do curso de Direito trabalhando como escrevente no escritório da procuradoria do parlamento. Aos 22 anos, voltou a Arras, lá permanecendo, como advogado, até 1789.

Ao saber da convocação dos Estados Gerais pelo rei Luís XVI, redigiu um manifesto denunciando as condições de vida na província, o tratamento recebido pelos camponeses e os métodos eletivos. Em maio de 1789, foi eleito um dos oito membros de sua região nos Estados Gerais, integrando o Terceiro Estado. Em seguida, dirigiu-se a Versalhes. Participou ativamente dos acontecimentos que marcaram o início da Revolução Francesa. Como membro do Terceiro Estado, protestou contra a reunião do clero, nobreza e plebe em separado, na constituição da Assembleia Nacional. A tomada da Bastilha, a declaração da Constituinte e a fuga do rei fizeram de Paris uma praça de guerra.

Todavia, era contra a violência. Desagradava-lhe a repressão às revoltas populares, empreendida pelo regime totalitário. Em abril de 1870, tornou-se presidente do Clube dos Jacobinos. Seis meses mais tarde, foi feito juiz do tribunal, no Distrito de Versalhes. Como membro da Constituinte, lutou pela aprovação de todos os projetos que visassem ao aumento do poder popular. Como deputado, defendeu o sufrágio masculino, universal e direto; o direito de portar armas; a liberdade de imprensa; a suspensão da pena de morte; o ensino público obrigatório e outras reformas. Patrocinou um amplo programa de transformações sociais, que incluíam a limitação das fortunas individuais, mediante impostos progressivos e uma taxa sobre heranças, a criação de oficinas públicas, ajuda estatal para os desempregados, o amparo à velhice e à invalidez.

robespierre in1Contestou violentamente a guerra empreendida pelos girondinos (1792) contra as alianças monárquicas europeias. Considerava uma loucura tentar liberar o mundo, quando o poder na França não estava consolidado, estando ainda sob a direção do rei e seus ministros. Exigia a derrubada da monarquia. Seus objetivos foram atingidos em10 de agosto de 1792 com a proclamação da República. Apesar da oposição do girondinos, junto com seu partido (os jacobinos), condenou o rei Luís XVI à morte, com o apoio da Comuna de Paris. Em abril de 1793, foi criado o Comitê de Salvação Pública, ao qual aderiu, assumindo quase de imediato a posição de ditador virtual.

Apelidado de “o incorruptível” perseguiu todas as facções que ameaçassem o comitê. Criticou o culto à razão e, afirmando a existência de Deus e a imortalidade da alma, apresentou à convenção os planos de uma religião cívica, que cultuasse o ser supremo. Nessa época, sua popularidade estava no auge. Contava com o apoio dos jacobinos, da Comuna de Paris e da Guarda Nacional. Em 4 de julho, a convenção o elegeu presidente com 216 votos entre 220 possíveis. No entanto, sua lei que visava a reorganizar e a apressar os julgamentos revolucionários suscitou uma oposição que foi em princípio secreta e, logo em seguida, manifesta dentro do Comitê de Salvação Pública. Os deputados oposicionistas acabaram por acusá-lo de despotismo.

Desgostoso, acabou por se afastar da convenção e do comitê, passando a denunciar seus inimigos no Clube Jacobino. Em 23 de julho, reapareceu no comitê e, três dias depois, na convenção. Seu discurso final foi recebido em silêncio e a maioria parlamentar se voltou contra ele. No dia seguinte, foi impedido de falar na convenção, que decretou sua prisão. Mas o carcereiro da prisão para onde foi levado se recusou a trancafiá-lo. Dirigiu-se, em seguida, ao Hôtel-de-Ville, onde se reuniram tropas que lhe eram leais, que, diante da recusa em liderar uma insurreição, se dispersaram. Tendo sido declarado fora da lei pela convenção, antes de ser novamente preso tentou o suicídio, sem sucesso. Foi guilhotinado na mesma noite.

 

 



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