Danton

GEORGES JACQUES DANTON nasceu no dia 26 de outubro de 1759, na localidade de Arcis-sur-Aube, Champanha-Ardenas, França. Morreu no dia cinco de abril de 1794, na cidade de Paris. Formado em Direito, encontrou na Revolução Francesa a oportunidade de se tornar conhecido. A partir de 1789, teve grande ascendência sobre o povo. Fundou o Clube dos Corlelies e passou a professar doutrinas radicais. Membro da administração departamental do Sena em 1791, substituto do procurador da Comuna de Paris em 1792, foi um dos que mais contribuíram para a queda do rei.

Ministro da Justiça, manteve o sangue frio quando começou o pânico devido às notícias das invasões prussianas na Região da Champanha. Decidiu, então, reanimar as energias nacionais através de um rigor implacável: autorizou o massacre de prisioneiros em setembro de 1792 e instaurou o regime do terror. Enviado pelos eleitores de Paris à convenção, votou pela morte do rei. Logo depois, porém, foi atacado pelos girondinos, os quais o denunciaram como ministro corrupto. Criou, em seguida, o Comitê de Saúde Púbica, do qual foi presidente entre abril e junho de 1973, e trabalhou para a eliminação dos girondinos.

Sanguinário por oportunismo e não por convicção, concluiu que o terror não era mais necessário, passando a aconselhar a moderação. Casou-se e se afastou por algum tempo da política, o que contribuiu para a queda da sua popularidade. Os jacobinos de seu antigo partido retomaram os ataques contra sua amoralidade política, lançados anteriormente pelos girondinos. Acusado de ser um inimigo da República, foi preso em março de 1793 e julgado. Sem ilusões quanto ao destino que o aguardava, demonstrou perante os juízes uma grande energia, mas não lhe foi permitido apresentar sua defesa. Condenado, foi morto na guilhotina. Sua vida foi contada no filme “Danton — O Processo da Revolução”, dirigido, em 1982, pelo polonês Andrzej Wajda, com o astro Gerard Depardieu como protagonista.