capaPolicarpo
TRISTE FIM DO POLICARPO QUARESMA foi originalmente publicado em folhetins no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro no início do Século 20. A publicação em forma de livro aconteceu em 1915. Atualmente, há diversas edições disponíveis, com destaque para a edição integral de 2022 em capa dura da Editora Antofágica. O autor Lima Barreto escreveu o folhetim para o jornal praticamente obrigado pelo amigo João Melo, um companheiro das rodas literárias. Ele estava muito deprimido, cheio de dívidas e, por isso mesmo, bebendo demais.

Criou então a história do Policarpo Quaresma, um funcionário do arsenal de guerra nacionalista e patriota extremado. O personagem era uma espécie de Dom Quixote tupiniquim. A sua luta era reformar o país. Depois de se alistar como combatente republicano, o herói se decepciona com a república. Depois de ficar ao lado de rebeldes durante uma revolta armada, acaba preso e morto por fuzilamento. O texto aponta como temas centrais o nacionalismo, a burocracia, a crítica social, a política, a utopia e o fracasso. É uma amarga meditação sobre os ideais progressistas e o nascimento da república. Faz também uma crítica feroz à filosofia positivista. O romance é peça importante da literatura urbana brasileira. O “Policarpo Quaresma” foi adaptado para o cinema em 1998.

Autor

limaAFONSO HENRIQUES DE LIMA BARRETO nasceu no dia treze de maio de 1881 e morreu no dia 1.º de novembro de 1922 na cidade do Rio de Janeiro. Filho de pai branco e de mãe negra. Aprendeu o ofício de tipógrafo com o pai. Mais tarde colocou-se como empregado da imprensa oficial. Tornou-se jornalista. Mas a vocação verdadeira apontava para a literatura. Publicou o primeiro romance, o “Recordação do Escrivão Isaías Caminha”, em 1909. Seguiram-se mais três: “Triste Fim do Policarpo Quaresma” de 1911, “Numa e a Ninfa” de 1915 e “Clara dos Anjos” (póstumo). Também escreveu novelas, peças de teatro e contos. Da escola realista, tinha uma linguagem coloquial e despojada.


 

 

 



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