umberto-boccioni in1Umberto Boccioni

UMBERTO BOCCIONI nasceu no dia 19 de outubro de 1882, na localidade de Reggio Calabria, Itália. Morreu no dia 1.º de agosto de 1916, na cidade de Sorte, vítima de queda de cavalo. Em 1910, conheceu Filippo Tomazzo Marinetti, que, no ano anterior, publicara um forte ataque ao Romantismo. A partir daí, passou a ser um dos principais artífices do Futurismo, tendo assinado o manifesto futurista junto com Carlo Carrà, Giacomo Ballà, Luigi Russolo, Gino Severini e o próprio Marinetti. Destacou-se dos demais, tornando-se um teórico do movimento.

Abraçava os princípios do Futurismo sem esquecer os motivos clássicos, como o cavalo, animal considerado um símbolo de força e energia desde a Grécia Antiga. Também não recusou as influências do Impressionismo. O artista preferiu conservar o subjetivismo nas suas sínteses. Antes do encontro com Marinetti, já era um inovador nos temas, como as casas em construção e vistas de cidades, exprimindo uma certa ânsia de modernismo nas cores agressivas. Como futurista, não foi intransigente. Tanto que não abandonou de todo os motivos antigos, nem renegou os trabalhos anteriores. Em 1912, participou de uma mostra futurística em Paris, França. Neste mesmo ano, lançou o Manifesto Técnico da Escultura Futurista. Em 1913, expôs todas as suas esculturas na capital da França.

umberto-boccioni in2Em 1914, publicou Pintura e Esculturas Futuristas, tornando-se dessa maneira o grande teórico do movimento. Voltava ao meio de expressão (literatura) que, em 1897, o seduzira a ponto de escrever um romance aos 15 anos de idade. Com sua pena, objetivava comunicar sua ideologia de artista plástico. Estados de ânimo, movimento, simultaneidade: são as três coordenadas que definem suas obras futuristas, interpretando-se para gerar imagens que conciliavam matéria e movimento. Na obra Luto, por exemplo, as seis velhas são, na realidade, apenas duas, em diferentes momentos emocionais: é o tempo projetado no espaço.

Para expressar essa energia dinâmica que inflama todas as coisas, o artista cria a “cor-força” e a “linha-força”, esta, empregada na escultura com inesperados requintes plásticos exemplificado pelo atleta de Formas Únicas da Continuidade no Espaço, escultura em bronze, de 1913. As “linhas-força” não delimitam a força imutável: delineiam um sopro de vida, de energia que extravasa o atleta e o coloca em comunicação com o ambiente. “Cores-força”, por outro lado, estão presentes também em quadros em que a figura delineada com exatidão deixa de ser essencial e passa a demonstrar estados de ânimo. Na obra Aqueles Que Vão, Aqueles Que Ficam, Aqueles Que Chegam, linhas e cores recriam os corpos em tumultuosa movimentação.


 

 

 



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