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Santiago

O cantor Emílio Santiago morreu às 6h30 desta quarta-feira (20/03/2013), no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações de um acidente vascular cerebral isquêmico, em que não há hemorragia. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva desde o dia 7 de março, quando se sentiu mal e foi encontrado na sua cobertura, no Bairro do Flamengo, zona sul, por uma empregada. Ele começou a cantar em festivais universitários na década de 1970, participou do programa de calouros de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi, e foi crooner da orquestra de Ed Lincoln, além de fazer muitas apresentações em boates e casas de espetáculos noturnas. Ficou conhecido do grande público com o projeto Aquarela Brasileira, iniciado em 1988, com sete volumes dedicados à música popular brasileira.

Nasceu no dia 6 de dezembro de 1946, na cidade do Rio de Janeiro. Frequentou a faculdade de Faculdade Nacional de Direito na década de 1970, onde se formou por insistência dos pais. Em 1973, lançou o primeiro compacto pela gravadora Polydor, com as canções Transa de Amor e Saravá Nega, que ocasionou maiores participações em rádios e programas televisivos. O primeiro LP foi lançado pela gravadora CID em 1975, com canções esquecidas de compositores consagrados como Ivan Lins, João Donato, Jorge Benjor, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Marcos e Paulo Sérgio Valle, dentre outros. Transferiu-se no ano seguinte para a Philips/Polygram, permanecendo neste selo até 1984, período em que lançou dez álbuns. Foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo em 1985, com a canção Elis Elis.

O sucesso veio na verdade em 1988, quando lançou o LP Aquarela Brasileira pela Som Livre, um projeto especial de sete volumes, dedicado exclusivamente ao repertório de música brasileira. O projeto ultrapassou, em vendas, a marca de quatro milhões de cópias. Nesta época, lançou também outros projetos especiais, como um tributo ao cantor Dick Farney (Perdido de Amor, 1995) ou regravando clássicos do bolero hispânico (Dias de Luna, 1996). Assinou com a Sony Music em 2000. O disco que marca a estreia na nova gravadora é Bossa Nova, que trouxe muitos clássicos do gênero e também rendeu um DVD. Prosseguiu com Um Sorriso Nos Lábios (2001), um tributo a Gonzaguinha. O mais recente álbum foi O Melhor das Aquarelas ao Vivo, no qual reviu o repertório de música brasileira que gravou a partir do álbum Aquarela Brasileira (1988).


 

 

 



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