vilmarfaria in1VILMAR FARIA nasceu no dia 12 de maio de 1941, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Morreu no dia 28 de novembro de 2001, na cidade de Brasília.

Formou-se em sociologia e administração pública pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 1964. Assim como José Serra e Sérgio Motta, militou na Ação Popular, organização de estudantes católicos de perfil socialista. Após o Movimento Militar de 1964, exilou-se no Chile. Foi aluno de Fernando Henrique Cardoso, também exilado, na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, em Santiago do Chile. Lá, defendeu, em 1967, mestrado em filosofia.

Em 1976, defendeu o doutorado em Harvard (EUA) sobre o tema Ocupação Marginal, Emprego e Pobreza Sobre o Brasil Urbano. Entre junho e julho de 1982, foi responsável pelo planejamento de uma pesquisa sobre o perfil do leitor da Folha de São Paulo na Grande São Paulo. Na época, integrava a direção do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), do qual se tomaria presidente entre 1991 e 1993. Em 1988, foi eleito presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), cargo que ocupou até 1990.

Em 1994, colaborou na campanha de FHC, e, a partir de 1995, foi assessor especial da Presidência. Com trabalhos nas áreas de estudos urbanos, demografia, emprego e técnicas de pesquisa, foi professor da Universidade de Campinas (Unicamp), colaborador da Universidade de São Paulo (USP) e professor visitante na Washington University, entre outras. Morreu vítima de hemorragia digestiva provocada por uma ruptura da artéria aorta. Foi o principal articulador dos programas sociais do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, tendo trabalhado muito proximamente com a então primeira-dama Ruth Cardoso.

Opinião
José Arthur Gianotti, filósofo

Vilmar Faria morreu como sempre viveu, discretamente — peixe de fundo do mar. No entanto, teceu sua vida com firmeza, sempre fiel a seus amigos e a seus compromissos políticos. Imprimiu sentido público à sua vida, embora preferisse manter-se na sombra. Combinou a sabedoria mineira com a mania de precisão dos paulistas. Foi sociólogo, mas também fez pesquisas em demografia e se especializou no estudo de políticas públicas, tomando-se diretor da Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo). Suas contribuições teóricas mais importantes, contudo, estão ligadas aos problemas das grandes cidades, assunto do qual se tomou especialista reconhecido. Chegou à presidência do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) em 1991, com a difícil tarefa de estabelecer uma ponte entre a geração dos fundadores e a nova geração.


 

 

 



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