tocqueville1ALEXIS HENRI CHARLES MAURICE CLÉREL DE TOCQUEVILLE nasceu no dia 29 de julho de 1805, na cidade de Paris, França. Morreu no dia 16 de abril de 1859, na cidade de Cannes.

Era filho do Conde de Tocqueville, que descendia da antiga nobreza normanda. Em 1827, ingressou no Tribunal de Versalhes como juiz auditor. Quando eclodiu a Revolução de 1830, que expulsou o primogênito dos Bourbons, ocupava o cargo de prefeito de Seine-et-Oise. A ascensão dos Orléans lhe retirou as possibilidades de fazer carreira política, além de acentuar sua preocupação em relação ao destino que teriam as sociedades europeias, grandemente agitadas desde 1789 por constantes revoluções e rebeliões políticas.

Na época, debatia-se a reforma das prisões francesas. O sistema penitenciário dos Estados Unidos era tomado como modelo. Ele viveu na América entre 1931 e 1832. Além de estudar o sistema penitenciário americano “in loco”, dedicou-se ao exame das questões políticas e sociais que se relacionam direta ou indiretamente com as correlatas francesas. Ele achava que a nascente sociedade americana já resolvera problemas que preocupavam a Europa há mais de quarenta anos.

Suas observações lhe permitiram escrever, entre 1832 e 1834, Da Democracia Na América, cujos dois primeiros volumes foram publicados em 1835. Na primeira parte da obra, ele trata da influência da democracia nas instituições e nos costumes políticos americanos. Na segunda, fala de sua influência sobre ideias, sentimentos e hábitos particulares dos habitantes daquele país. A essas duas partes acrescentou oito capítulos, nos quais os Estados Unidos aparecem apenas como pretexto. Seu tema é diretamente a sociedade política de um modo geral. Em 1836, viajou para a Inglaterra, onde foi muito bem recebido, em função de suas posições aristocrático-liberais.

Assim, iniciou um relacionamento duradouro com alguns membros do Partido Liberal inglês. Dois anos depois, foi eleito para a Academia de Ciências Morais e Políticas e, em 1841, para a Academia Francesa.  A partir de 1839, foi sucessivamente reeleito deputado. Por seu liberalismo, opunha-se ao primeiro ministro François Guizot na Assembleia. A revolução de fevereiro de 1848 o levou à vice-presidência da instituição. Em 1849, ascendeu ao posto de ministro dos Negócios Estrangeiros. Contrário ao imperador Luís Napoleão Bonaparte, afastou-se da vida pública após a deflagração do golpe de estado do 18 brumário. Em1858, começou a publicar O Antigo Regime e a Revolução, obra que condensa suas meditações de doze anos a respeito da centralização do poder, que foi interrompida por sua morte em 1859. As obras completas foram publicadas postumamente por admiradores.


 

 

 



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