ALEKSANDR ALEKSANDROVITCH BLOK nasceu no dia 28 de novembro de 1880 e morreu no dia 7 de agosto de 1921, na cidade de São Petersburgo, Rússia. Nasceu no seio de uma família bastante intelectualizada. O pai era professor de direito e a avó materna, reitora da universidade pública da sua cidade natal. Formado em letras, foi influenciado durante a mocidade pelo Alexandr Pushkin e pelo Vladimir Soloviev, o que transparece nas suas primeiras obras, como “Os Versos da Bela Dama” (1904).
Depois, tornou-se cada vez mais pessimista, sentimento visto nos livros “Alegria Inesperada” e “O Rei da Praça Pública”, ambos de 1909. Escreveu também dramas poéticos e líricos, como “A Desconhecida” (1909) e “A Rosa e a Cruz” (1913). Sua poesia, marcadamente simbolista, é leve e elegante, transmitindo certa musicalidade. A revolução bolchevique, em 1917, trouxe-lhe nova inspiração. Em seu poema “Os Doze”, uma poderosa epopeia, e “Os Citas”, ambos de 1918, exaltou as transformações políticas que ocorriam em seu país, emprestando-lhes certo cunho de renascimento espiritual. Não demorou muito, porém, para se decepcionar com o regime soviético. Por isso, parou de escrever. Na sua obra, procurou se expressar através do escárnio (“Barracão de Feira”) e da velada ironia (“A Desconhecida”).
Poema
Eu aceito tudo
O quanto mais se quer
O vento irrompe, o uivo da neve
Hoje eu não me lembro do que aconteceu ontem
A névoa da noite
A noite, a farmácia, a rua, o farol
Os poetas
Madrugada em Moscou
Oh, primavera inacessível e sem fim
Como é difícil caminhar entre as pessoas
Abordagens de som
Estamos esquecidos, solitários sobre a terra
(tradução livre)