ÁLVARO FREIRE DE VILALBA ALVIM nasceu no dia 16 de abril de 1863 na cidade de Vassouras, Rio de Janeiro. Morreu no dia 21 de maio de 1928 na cidade do Rio de Janeiro. Médico radiologista brasileiro, era filho de Carlos Freire Villalba y Alvim e de Mariana Amélia de Carvalho. Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1887. Seguiu em 1896 para a França, onde se especializou em Física Médica.
Em Paris, trabalhou na equipe de Marie Curie, francesa considerada a pioneira nos estudos do Raio-X. De regresso ao Brasil, instalou um consultório de fisioterapia no Rio de Janeiro, com os modernos aparelhos que trouxera da Europa. Tornou-se um dos pioneiros da fisioterapia no país. Fundou e dirigiu a Assistência às Crianças Pobres, o Instituto de Eletricidade e o Instituto de Eletrologia e Radiologia. No Rio de Janeiro, foi um dos primeiros a residir no Bairro de Ipanema. Comprou vários terrenos na região e construiu sua residência onde hoje funciona a Casa de Cultura Laura Alvim, nome de sua filha mais nova, apaixonada pelas artes.
Foi membro titular da Academia Nacional de Medicina e também pioneiro da eletroterapia, da radiologia e da radioterapia no Brasil. A ele se deve a aplicação por aqui das descobertas do Wilhelm Röntgen e dos processos e equipamentos desenvolvidos com a Marie Curie. As pesquisas com materiais radiativos fizeram com que se contaminasse e adoecesse. Foi perdendo os dedos um a um, em ambas as mãos, em virtude de lesões ocasionadas pelos raios-x e o rádio. Deixou escritas as obras “A Medicina Que Cura”, “Instituto de Eletricidade Médica”, e “A Cura do Cancro no Brasil”. Pouco antes de falecer, já com uma mão amputada, foi condecorado com a Medalha Humanitária pelo presidente Artur Bernardes. É considerado o mártir da ciência brasileira.