Crusoé

01ROBINSON CRUZOÉ foi lançado originalmente no dia 25 de abril de 1719 na Inglaterra. No Brasil recebeu diversas edições. Registra mais de cem traduções. Muitos críticos o consideram o primeiro verdadeiro romance em língua inglesa. Na época, os autores eram mais afeitos a peças teatrais. O texto despertou a imaginação de outros autores. O espanhol Luís Bruñel escreveu em 1954 o roteiro do filme “A Família Robinson”. Em 2000 apareceu o filme “As Aventuras do Robinson Crusoé” do cineasta Robert Zemeckis.

Depois veio o romance “Náufrago” do sul-africano J. M. CoetzeeO romance original apresenta ao leitor um cenário fundamental e fascinante. A solidão prolongada e intensa do protagonista, naufragado e atirado numa ilha deserta, priva-o das ferramentas que lhe permitiam viver. Lança-o num confronto cruel com os problemas essenciais da sua existência, entre os quais a histórica ligação com deus e com o mundo civilizado que conheceu. O personagem tenta escrever um diário para manter contato com esse mundo civilizado. Com o passar do tempo, o suprimento de tinta salvo do naufrágio começa a escassear.

Ele então dilui a tinta na água para durar um pouco mais. Mas as palavras que escreve ficam cada vez mais desvanecidas. Mais à frente essas palavras desaparecem por completo. Deixam as páginas do diário vazias como o horizonte. Esse encontro com a solidão absoluta não leva o Robinson Crusoé à loucura, ao silêncio e ao desespero. Pelo contrário. Em sua solidão forçada, ele descobre a base de um novo tipo de escrita e uma nova forma de autoconsciência. Assim como produz ferramentas novas com os materiais à mão, inventa também uma nova maneira de contar a si próprio a história da sua vida e do seu mundo. No limiar do iluminismo, o personagem lega à posteridade a forma narrativa que todo mundo passou a adotar para contar as histórias da vida.

Biografia do Daniel Dafoe


 

 

 



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