ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS foi lançado no dia quatro de julho de 1865 na cidade de Londres, capital da Inglaterra. É uma das obras mais célebres do gênero nonsense (algo sem sentido, lógica, nexo, etc.). Escrito pelo Lewis Carroll, tornou-se um grande sucesso literário ao contar a história de uma menina que cai numa toca de coelho. Em seguida, a mocinha é transportada para um lugar fantástico habitado por criaturas peculiares e antropomórficas. A viagem da Alice através da toca de um coelho é um livro infantil de sátira fantástica, jogos de palavras e comédia suficiente para satisfazer qualquer leitor adulto.
No texto, a acomodação ao absurdo readmite os adultos ao domínio misterioso habitado pelas crianças. Longe de menosprezar os pequenos, o texto é positivamente educativo. No enredo, uma menina de sete anos cochila às margens de um rio. Ela vê o coelho consultando o relógio e resolve segui-lo para baixo da terra. Lá, depara-se com situações estranhas. Ao bebericar poções e mordiscar cogumelos, cresce e encolhe ao mesmo tempo. Seu pescoço estica como uma cobra. Encontra também personagens bem entranhados no imaginário popular. Têm-se o rato saltando na “lagoa das lágrimas”, a lagarta fumando o seu narguilé e a terrível duquesa acalentando um porco.
Além de tudo isso, o autor apresenta o gato risonho, o chapeleiro maluco e a lebre de março bebendo chá e enfiando o dormindongo num bule. A rainha de copas enfrenta um jogo de croqué com flamingos. A tartaruga falsa ensina a quadrilha da lagosta. Etc. etc. A Alice, sempre ingênua, tenta enfrentar a loucura com alguma lógica. A história cutuca de leve o puritanismo insensível da criação de filhos na época vitoriana burguesa. Ao longo do tempo, o romance obteve tradução em 125 línguas, o que o tornou um clássico. Na televisão e no cinema são diversas adaptações. A última recomendada é de 2010. Dirigida pelo Tim Burton, a trama traz nos papéis centrais a australiana Mia Wasikowska e o americano Johnny Depp.