canaletto1Canaletto

GIOVANNI ANTONIO CANAL nasceu no dia 7 de outubro de 1697 e morreu no dia 19 de abril de 1768, na cidade de Veneza, Itália. Começou a carreira auxiliando o pai a pintar cenários. Especializou-se assim em pintar vistas do natural, o que lhe rendia boa remuneração, pois os viajantes desejavam levar uma boa imagem dos lugares por onde passavam. Em 1719, fez sua primeira viagem a Roma, onde o contato como ambiente artístico muito o influenciou. Voltou a Veneza em 1720 e se inscreveu numa corporação de pintores da cidade. Nessa época, conheceu um grande empresário britânico, iniciando uma rendosa ligação com a aristocracia inglesa.

Suas obras eram muito solicitadas, sobretudo quando o cônsul inglês, um misto de mecenas e negociante de arte, apaixonou-se por seu trabalho. Graças a esse incentivador, entrou em contato com colecionadores, tornado suas obras famosas. Assumiu o compromisso de trabalhar com exclusividade, durante quatro anos, para o cônsul. Foi nessa época que terminou o quadro A Bacia de São Marcos, em que a fase inglesa é representada pelo horizonte mais baixo. O relacionamento com os admiradores britânicos o levou a Londres em 1746. Permaneceu na capital inglesa até 1753. Nesse período, sua pintura sofreu alterações marcantes.

canaletto-canal1Logo os ingleses se decepcionaram. Havia agora algo de estranho nas telas: as personagens, o céu, as águas já não eram tão bem reproduzidos. Outro objeto da discussão sobre o seu trabalho era a utilização que fazia da “câmara escura”, em engenho ótico que, através de lentes e espelhos, ajuda a construção de perspectivas, possibilitando uma reprodução mais mecânica da paisagem. Mas esses fatores não desmereciam suas obras, valorizadas pelas conquistas de luminosidade, requinte e habilidade. Veneza é a sua grande inspiração. Não só a imponência da cidade com belos edifícios, mas também pequenos recantos menos turísticos, campos e igrejas. Destaque para as telas O Campo e a Igreja dos Jesuítas, O Campo e a Igreja de São Francisco, etc.

O pintor possuía uma grande capacidade de integrar personagens e paisagens. Em suas obras O Pátio dos Cinzeladores e O Bucentauro Diante do Palácio Ducal, os personagens eram parte integrante da amplidão panorâmica. O Bucentauro em particular foi resultado de suas pesquisas de luz e reflexos. Mostram pinceladas menores, mais ágeis, semelhante às dos impressionistas. Outro ponto importante de sua obra foi o aumento do esquema construtivo, que libertou a composição do rigor geométrico e instaurou novas relações entre cor e luz. Aproximou-se, assim, dos mestres holandeses do século XIII quanto ao sentido naturalista. Com esse estilo, fez sua Veneza participar com figuras, monumentos, céu, água e luz, da cultura do seu século.


 

 

 



© 2017 Tio Oda - Todos os direitos reservados