30/01/2021 — Um quadro do artista italiano Sandro Botticelli (1445- 1510) se tornou o mais caro do pintor ao ser adquirido por US$ 92,2 milhões (cerca de R$ 500 milhões na cotação do dia) num leilão em Nova York. A obra, de 1475, apresenta o retrato de um nobre, de cabelo na altura dos ombros, segurando um medalhão com a imagem de um santo. O valor exorbitante vem na esteira da valorização de obras de mestres renascentistas. A obra é uma raridade. Enquanto boa parte das pinturas do italiano estão em museus, este é um dos únicos três retratos dele encontrados nas mãos de colecionadores particulares. O novo dono não teve a identidade revelada. A obra antes era do bilionário Sheldon Solow, que a adquiriu em 1982 por 810.000 libras (R$ 21 milhões).
Sandro
Botticelli
ALESSANDRO DE MARIANO DE VANI FILIPEPI nasceu no dia 1.º de março de 1445 e morreu no dia 17 de maio de 1510 na cidade na cidade de Florença, Região da Toscana, Itália. Antes de enveredar pela pintura, trabalhou como ourives na oficina do irmão. Ao optar pela carreira artística teve o apoio decisivo da casa dos Médicis, então os senhores da cidade natal. Sofreu a influência de vários pintores famosos da época, com destaque para os irmãos Antônio e Pedro Pollaiolo. A primeira obra dele data de 1470. Ela foi executada num painel que seria colocado no Tribunal de Mercatanzia.
A partir daí conheceu uma ascensão bastante rápida. Por isso, pouco tempo depois, atendeu a um chamado do papa Sisto IV para, junto com o Bernardo Pinturicchio, o Pedro de Cósimo e outros, trabalhar na decoração da Capela Sistina na cidade de Roma. Desde as primeiras obras, o Botticelli mostrou gosto pela arte grega. Assim é que as obras dele invariavelmente retratam ninfas, deusas e outras figuras da Mitologia Grega. A crítica destaca como as principais obras a “A Primavera” de 1482 e “O Nascimento da Vênus” de 1485. Segue-se, quase no fim da vida do artista, um período no qual o tema favorito apresentava fundo religioso. Desse tema, destacam-se os quadros “A Adoração dos Magos” de 1476, “A Virgem e o Menino Jesus” de 1484 e “A Anunciação” de 1490.