AÇACU — Árvore de grande porte da família das euforbiáceas (Hura crepitans). Produz látex venenosíssimo, produto geralmente empregado no envenenamento das águas dos rios para a captura de peixes. A madeira é leve, resistente à umidade, de cerne esbranquiçado e superfície opaca. É geralmente usada em obras internas e caixotaria. É também conhecida por açacuzeiro. Disse o autor paraense Raimundo Morais na obra “País das Pedras Verdes”: “O açacu, enorme, pavoroso, que envenena as águas que lhe banham as raízes, derramava na localidade o seu tóxico, tornando as redondezas doentias”.
AÇACURANA — Árvore da família da leguminosas (Erythrina glauca). Originalmente, habitava somente as matas. Mas com o tempo passou a ser também cultivada nos centros urbanos como planta ornamental de sombra. Ocorre em toda a América Tropical. Geralmente em setembro se cobre toda de grandes flores mais ou menos amarelas. Os índios amazônicos ainda a chamam de bucaré, sananduva e suinã. Como muitas outras espécies do gênero, contém alcaloides tóxicos de grande valor medicinal. O alcaloide mais comum é a eritrina. Os novos brotos e as folhas são consumidos como verdura. A Açacurana é a flor oficial do Estado de Trujillo na Venezuela.
ACAPÚ — Árvore da família das leguminosas (Vouacapoa americana). É comum na Amazônia e nas Guianas. Atinge vinte ou mais metros de altura. As flores são amarelo-douradas, dispostas em inflorescências terminais e eretas. A casca é acinzentada, com depressões ao longo do comprimento. Fornece madeira de ilimitada duração, cuja utilização se dá na fabricação de tacos e móveis finos. Embora de grande valor comercial, o Brasil proibiu o corte dessa árvore, pois ela está no rol das espécies ameaçadas de extinção. Essa proibição se deu com a edição da Portaria 433/2014 do Ministério do Meio-Ambiente.
ACAPURANA — Árvore da família das leguminosas, cujo nome científico é “campsiandra laurifolia”. Têm flores róseas, grande frutos e madeira durável. Essa madeira é própria para construção, marcenaria, etc. Os frutos e a casca são largamente usados na Amazônia como curativos para feridas de pele.
ACAPURANA-DA-TERRA FIRME — Árvore da família das leguminosas, cujo nome científico é “batesia floribunda”. Têm flores pequenas. Os frutos são legumes medíocres. A madeira pode ser facilmente trabalhada em marcenaria.
ACARAÚ-AÇU — Árvore da família das poligonáceas, cujo nome científico é Symmeria paniculata. Muito ocorrente na Amazônia, mede até dez metros de altura. O fruto é suberoso e carnudo. As flores são sésseis e brancas. A madeira de tom escuro é utilizada sobretudo em obras internas. A casca tem propriedades medicinais.
ACAUÁ — Na botânica é uma árvore da família das rubiáceas, cujo nome científico é Ferdinandusa paraensis. As flores são coloridas e os frutos são cápsulas médias. A madeira é largamente utilizada em marcenaria, embora a espécie não seja abundante. Como o próprio nome científico sugere, ela ocorre na Amazônia, especialmente no Estado do Pará.
ACARIQUARA — Na botânica é a designação comum a duas árvores da família das olacáceas, cujo nome científico é “minquartia guianensis” e “minquartia punctata”. Elas têm madeira incorrutível, que pode ser utilizada em esteios, dormentes e obras exteriores. Ocorrem na Amazônia, principalmente nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Roraima. A altura varia de dez a quinze metros, com diâmetro de 40 a 120 centímetros. Os frutos são drupas ovaladas com apenas uma semente. Florescem principalmente durante os meses de junho e julho. Os frutos amadurecem entre julho e agosto.
AÇOITA-CAVALO — Designação comum dada às árvores do gênero Luhea, da família das tiliáceas. Pode atingir até trinta metros e cem centímetros de diâmetro. É uma árvore caducifólia. Por isso, perde as folhas na época do inverno. É indicada para arborização urbana e reflorestamentos, pois cresce rápido e se adapta a terrenos secos e pobres. Ocorre em todo o Brasil. A madeira é um tanto dura, facilmente putrescível. Usa-se ela em construções internas, móveis, marcenaria, etc. A casca e as folhas são usadas na medicina popular para tratar reumatismo, disenteria, bronquite, gastrite, má circulação do sangue, entre outros. As flores são usadas pelas abelhas para a produção de um mel medicinal com propriedades expectorantes.
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