ACÔNITO — Planta da família das ranunculáceas, cujo nome científico e Aconitum napellus. É comum em pastos montanhosos e lugares úmidos. Pode atingir até um metro e meio de altura, tem folhas verde-escuras, palmeadas e recortadas, flores azuis, raramente brancas, e raiz fusiforme. Costuma-se cultivá-la também em jardins, como planta ornamental. Tóxica ao estremo, é largamente utilizada como medicamento na medicina. Introduzida na terapia, era utilizado como sedativo, diurético e analgésico. Contém um alcaloide (aconitina) cristalino, incolor e venenoso. A manipulação deste deve ser muito cuidadosa, pois em contato com a pele pode ser fatal.
ÁCORO — Planta herbácea da família das acoráceas, cujo nome científico é Açorus calamus. Bastante aromática, é originária do Oriente. Sua altura pode chegar de cinquenta centímetros a um metro e meio de altura. Cresce nas margens de rios, charcos e pântanos. Encontra-se em quase todo o Brasil, Europa e América do Norte. As folhas partem da toiça em forma de espada de dois gumes, compridas. O caule subterrâneo (rizoma) contém um óleo essencial amargo. Esse óleo tem a propriedade de aumentar o apetite, facilitar a digestão e eliminar gases do tubo digestivo. Acrescentando esse óleo à água de banho, o mesmo se torna um relaxante muscular. Em alguns países, usa-se o óleo para aromatizar cervejas e aguardentes.
AÇUCENA — Na botânica é a planta liliácea, cujo nome científico é Lilliom candidum. Procedente da Ásia, é muito cultivada por suas belíssimas flores alvas e perfumadas. É frequentemente associada à pureza, inocência e renovação. Por isso, a Igreja Católica a usa como símbolo da Virgem Maria. De acordo com a literatura médica, tem propriedades anti-inflamatórias. Há ainda a espécie Hippeastrum stylosum. Esta é uma erva ocorrente no Nordeste brasileiro. Espécie ornamental que cresce na Caatinga, na Mata Atlântica e em restingas, é uma fonte de alimento para aves e insetos. A espécie Amarílis é uma flor bulbosa, nativa das Américas. Resistente ao clima tropical, pode ser plantada em vaso ou em canteiros. Apresenta certo grau de toxicidade.
AÇUCENA-D´ÁGUA — Planta herbácea da família das amarilidácias, cujo nome científico é Crinum erubecens. Ornamental, pode ser cultivada em vasos. Tem flores sésseis, aromáticas, coloração branca e filetes rubros. Entre os benefícios que traz está a liberação de uma fragrância suave que neutraliza odores e refresca tecidos.
AÇUCENA-DO-CAMPO — Designação comum dada às espécies das açucenas campestres. Da família das amarilidáceas, ocorre no planalto austral e no planalto central do Brasil.
ACUCENA-DO-RIO — Espécie sul-americana de erva perene da família das amarilidáceas. Também conhecida pelos nomes populares de flor-do-vento, lírio-do-vento e junquilho, pelo nome clássico carapitaia e pelo nome científico Zephyranthes cândida.
ACUMÃ — Planta da família das palmeiras, cujo nome científico é Syagrus campestris. Ocorre principalmente na Bahia e em Minas Gerais. As nozes contêm sementes oleíferas. Das folhas saem fibras têxteis, das quais se fazem vassouras grosseiras. Também conhecida popularmente pelos nomes de ariri, coco-da-serra, coco-de-vassoura e coqueiro-do-campo. A variedade acumã-branco ocorre em terrenos rochosos e arenosos do cerrado, próximo à Chapada dos Veadeiros no Estado de Goiás. Não há registros na literatura médica sobre os benefícios dessa planta para a saúde humana.
AGARRA-PINTO — Planta da família das Nyctaginaceae, cujo nome científico é Boerhavia hirsuta. Planta herbácea, perene, com ramos rasteiros eretos de até setenta centímetros de altura, incluindo o pendão floral. A raiz é axial, pouco ramificada, até vinte e cinco centímetros de comprimento. As folhas são carnosas e simples, com até sete centímetros de comprimento. As flores são esbranquiçadas ou avermelhadas. Os frutos são do tipo aquênio pequeno, com pelos aderentes à pele e roupas. O gosto é amargo. A medicina popular indica a infusão do caule e da raiz para resolver problemas hepáticos e digestivos. É uma planta nativa da América Tropical. No Brasil é encontrada em diversas regiões: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.
AGAVE AMERICANA — família de plantas pertencentes às amarilidáceas, cujo nome científico é Agave americana. Pertence à ordem das liliflóreas. As folhas de bordas espinhosas são distribuídas em roseta, podendo atingir até três metros de comprimento. Da fibra dessas folhas fazem-se cordas, barbantes, tapetes, etc. Delas também sai uma pasta celulótica para fabricar papel e cortisona. A floração é ocasional, podendo atingir até oito metros de altura. Na medicina, o açúcar agavose produzido pela planta é usado como diurético e laxante. A agave é originária do México e das Antilhas. No Brasil, é cultivada como planta ornamental ou como fonte de fibras para cordas.
AGLAIA — Gênero de plantas meliáceas (ordem Sapindales). São diversas espécies ocorrentes no mundo inteiro. Podem ter interesse econômico, quer pela madeira quer pelas flores perfumadas ou pelos frutos comestíveis que algumas produzem. No Brasil destaca-se a espécie Aglaia odorata, também conhecida como murta-do-campo. É uma árvore ornamental, que tem floração constante. Pode crescer até oito metros e possui cinco metros de diâmetro. É muito famosa pelas suas perfumadas flores amarelo-creme. Embora seja uma planta magnífica, necessita de podas de formação para que as brotações laterais sejam eliminadas para se conduzir um único o ramo. Esse ramo dará origem ao tronco ao atingir a altura de dois metros de altura.
AGRIMÔNIA — Planta herbácea, pertencente à família das Rosáceas, cujo nome científico é Agrimonia eupatoria. É dotada de caule vertical, flores amarelas e frutos ásperos. Tem sido utilizada ao longo dos tempos por causa das suas propriedades anti-inflamatórias, dermatológicas, colágenas, diuréticas, digestivas, tónico-hepáticas e coleréticas (produção de bile). Quimicamente contém ácido salicilíco, ácido ursólico e quercetina. Encontra-se em todo o continente europeu, salvo no Extremo Norte. Está presente ainda na Região do Cáucaso, na Sibéria Ocidental, na Ásia Menor, no Próximo Oriental e até no norte da África. No Brasil é também chamada popularmente de grimônia e amoricos.
AGUAPÉ— Designação comum dada a várias plantas aquáticas flutuantes. Tem flores violáceas e ornamentais. A espécie Eichthornia crassipes, da família das pontederiáceas, é a mais comum. Popularmente, a jacinto-d´água é a mais famosa. As folhas iniciais são alongadas e semelhantes a tiras que se desenvolvem em folhas espatuladas. A espécie é originária de lagos e rios de água doce das regiões tropicais quentes da América do Sul, com distribuição natural nas bacias do Rio Amazonas e do Rio da Prata. Apesar de ser planta ornamental muito apreciada, a jacinto-d´água está incluída na lista das 100 espécies exóticas invasoras mais perigosas do mundo, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza.
AGUARAPONDÀ — Planta, cujo nome científico é Stachytarpheta dichotoma. É uma verbenácea com flores de cor azul-violeta em forma de espigas, chamada de falsa-valeriana. Trata-se de um arbusto semi-lenhoso. Chega a quase dois metros de altura. Tem folhas opostas, ovaladas de quatro centímetros de comprimento por dois centímetros de largura. Essas folhas são pilosas na superfície superior, menos na parte inferior, e margens serrilhadas. A aguarapondá ocorre em toda a América Tropical, em pastagens úmidas e florestas. É uma planta invasora. Exerce grande impacto ambiental.
ALAMANDA — Planta trepadeira ou arbustiva, perene, muito ornamental e de origem brasileira. Pertence à família das Apocináceas. É famosa pelas flores vibrantes. Por isso, ficou popular em jardins, devido à sua beleza e floração abundante, especialmente durante os meses mais quentes. No entanto, é importante ressaltar que possui látex tóxico, o que requer cuidado no manuseio. Pode ser encontrada como trepadeira, sublenhosa e latescente, ou como arbusto semi-lenhoso. Apresenta crescimento vigoroso e exuberante, podendo atingir até três metros de altura. As folhas são geralmente verdes, brilhantes, ovaladas, coriáceas e com nervuras marcadas. A alamanda prefere solos férteis, leves e ricos em matéria orgânica, com boa drenagem.
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